BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Banco Central já fala em reincluir os parentes de políticos na lista de vigilância obrigatória dos bancos em ações para coibir a lavagem de dinheiro. 


Nesta quinta-feira (24), após a repercussão da decisão de retirar os parentes da lista, o BC informou que irá reavaliar a medida.


“O Banco Central irá avaliar no bojo da consulta pública colocar a menção explícita a ‘parentes’ na relação de Pessoas Politicamente Expostas (PEP)”, informou, por meio de nota. 


“Não é objetivo do Banco Central afrouxar nenhum controle. A proposta colocada em consulta pública continua obrigando os bancos a monitorarem transações suspeitas de parentes de Pessoas Politicamente Expostas (PPE), mas podemos mencionar de forma explicita.”


Conforme noticiou a Folha de S.Paulo, o BC está revisando as normas que os bancos devem seguir na prevenção à lavagem de dinheiro. Em proposta levada à consulta pública, a autoridade retirou os parentes de políticos da lista de monitoramento obrigatório dos bancos.


Pelas regras em vigor, políticos e autoridades do setor público, como magistrados da alta corte, têm vigilância reforçada, assim como seus parentes de primeiro grau -pais, filhos, cônjuge e enteados. Eles integram o grupo chamado PEP (pessoas expostas politicamente). 


O objetivo é coibir eventual lavagem de dinheiro que teve origem em desvio de recursos do Estado.


A retirada dos parentes do PEP provocou reação negativa de integrantes do Ministério Público, da Polícia Federal e também do ministro Sergio Moro (Justiça).