Desde a saída do delegado Gerson Machado da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DRFV), em setembro de 2012, o número de furtou e roubos de carros diários em Curitiba registrou queda, confirmou nesta segunda-feira (19) o promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) André Glitz.

O promotor responde pela investigação sobre o suposto esquema de cobrança de propina da DFRV, que geraria uma arrecadação mensal de R$ 30 mil aos quatro delegados acusados – Anderson Franco, Marco Antonio de Goes, ex-delegados da DFRV, além do ex-chefe da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio Público Luis Carlos de Oliveira. Outros 16 policiais civis foram denunciados, além de três comerciantes.

Segundo reportagem da RPC TV, em outubro de 2012 a média diária de veículos furtados ou roubados era de 30,4. Em novembro, caiu para 26,4, despencando em dezembro para 19,5 carros.

Analisando esses números, nós verificamos que eles seguem uma tendência. Ou seja, esses números se repetem, é uma coisa sazonal o furto e roubo de veículos em Curitiba, afirmou Glitz.

Esquema

As investigações apontam que havia em Curitiba um esquema de cobrança de propina paga por donos de lojas de autopeças e ferros-velhos para que policiais e delegados não denunciassem irregularidades como o comércio de peças roubadas e sem notas fiscais.

Segundo o Garco, em troca de pagamentos mensais, os policiais permitiam que as revendas desmontassem e vendessem as peças de carros roubados em Curitiba e Região Metropolitana.