Ricardo Marajó/SMCS – Nesta quarta-feira (19)

Curitiba completou hoje um ano desde que a primeira pessoa da cidade foi vacinada pela Prefeitura contra a covid-19. De lá para cá, a cidade já aplicou mais de 3,5 milhões de doses do imunizante que está efetivamente protegendo o curitibano: nesta quarta-feira (19/1), 89,5% da população com 12 anos ou mais já está totalmente vacinada. Agora, é a vez dos curitibinhas de 5 a 11 anos também receberem suas doses de proteção.

O curitibano aderiu prontamente à vacina, confiando no avanço tecnológico da Ciência, que permitiu desenvolver, em menos de um ano, um imunizante seguro contra o vírus que se espalhou pelo mundo a partir de 2020. A cidade leva no braço primeiras e segundas doses, doses únicas e agora vem sendo chamado para as doses de reforço.

“Vacinas salvam vidas. A humanidade conhece as vacinas desde a contra varíola e testemunhou muitas vidas salvas por esse presente da Ciência. Estamos vendo, mais uma vez, os resultados positivos que a imunização traz e o curitibano está sendo exemplar ao receber essas doses de esperança”, destaca o prefeito Rafael Greca.

Na linha de frente, os profissionais da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) não mediram esforços para vacinar os curitibanos, ao mesmo tempo que mantiveram a assistência no atendimento das pessoas infectadas pelo vírus nos piores momentos de 2021. O reconhecimento veio em diversas homenagens, com direito à serenata e presentinhos dos curitibanos.

Eficiência na proteção
O resultado positivo no avanço da imunização foi visto a partir de setembro de 2021, quando o número de novos casos e de internamentos pela doença começaram a cair na cidade, no momento em que mais de 70% da população vacinável (12 anos ou mais) tinha recebido pelo menos uma aplicação e mais de 30% havia completado o esquema vacinal (duas doses ou dose única). Também foi quando os idosos e imunossuprimidos começaram a receber uma dose complementar, para reforçar a proteção contra o Sars-Cov-2.

Em dezembro, a cidade comemorou dias sem novas mortes pelo vírus e registrou nove dias seguidos com menos de 800 casos ativos – pessoas com potencial de transmissão da doença.

A nova alta no número de casos pela circulação da variante ômicron (com maior potencial de transmissão), neste mês de janeiro, não contradiz o efeito da vacina. Ao contrário: comprova a eficiência na proteção. A maioria dos casos tem se mostrado com sintomas leves, com baixa proporção de internamentos por situações graves (UTI) e com poucas mortes pela doença (média inferior a uma morte/dia).

Juntos para proteger
Para que o avanço na imunização se concretizasse, a Prefeitura reuniu suas áreas para auxiliar a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) a desenvolver toda a logística da campanha, desde o recebimento dos lotes com as vacinas, transporte, distribuição nos pontos de aplicação, treinamento das equipes, organização das filas, registros das doses na carteira vacinal, envolvendo milhares de pessoas.

Só entre pessoas capacitadas para aplicar as doses, foram 1,6 mil profissionais da Saúde. Sem contar o apoio de servidores da Guarda Municipal, Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude (Smelj); Fundação de Ação Social (FAS) e demais secretarias municipais, além voluntários, estagiários e parceiros, que formaram um grande grupo unido na missão de dar esperança ao cidadão nesta pandemia com a vacinação.

Nesse momento, o Aplicativo Saúde Já mais uma vez se mostrou uma importante ferramenta: foi por onde o curitibano fez seu pré-cadastro para melhor fluxo na hora da vacinação, comporta a carteira vacinal com as doses atualizadas e convoca para novas doses a serem recebidas.

Força-tarefa
Entre a dose recebida no braço e as selfies para registrar esse momento, o curitibano contou com uma força-tarefa invisível e que se orgulha de contribuir para que Curitiba vença a pandemia com o apoio da vacina. A coordenadora da Central de Vacinas da SMS, Debora Cristina de Lima Carlet, está entre os profissionais que levam a vacina contra a covid até o curitibano, com a responsabilidade de organizar recebimento, distribuição das doses e para a convocação de novos grupos.

“É um ano de uma tarefa muito desafiadora. A equipe já tinha experiência em campanhas de vacinação, mas esta foi muito singular: imunizar toda a população, recebendo os imunizantes em lotes fracionados. Trabalhamos com muita dedicação para fazer tudo da forma mais ágil e com excelência. Sinto que conseguimos. Vemos isso nas reações das pessoas, nos agradecimentos. Como curitibana, me sinto orgulhosa em ver o trabalho que também protegeu minha família”, diz Débora.

O Guarda Municipal Cleverson Carvalho é da equipe de motociclistas que fizeram a escolta do imunizante do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) até o Pavilhão da Cura e lembra o papel da GM nesse apoio.

“É como se estivéssemos escoltando uma autoridade muito importante e esperada. Foi muito gratificante participar da campanha, contribuindo para tentar erradicar esse vírus ao oferecer toda a segurança para que as vacinas recebidas chegassem a seu destino, como aconteceu”, lembra Carvalho.

Pavilhão da Cura
Curitiba se organizou para ofertar segurança sanitária aos curitibanos, em um momento em que evitar aglomerações era uma lição sendo aprendida. Assim, transformou pontos de encontros para negócios, lazer, esporte e até de oração em templos da Saúde, espaçosos e arejados, como o momento ainda exige.

O principal marco foi o Pavilhão da Cura, no Parque Barigui, que se tornou símbolo da imunização da cidade. Lá , recebeu a primeira dose da cidade a enfermeira Silvana Maria Bora, que atuou na linha de frente da urgência e emergência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boa Vista e representou todos os profissionais da Saúde.

Até a despedida do Pavilhão , em 18 de setembro para a descentralização da vacinação nas Unidades de Saúde, foram aplicadas 416.995 doses de vacina contra a covid-19 no local. Foi onde o prefeito Rafael Greca, dando exemplo aos curitibanos, recebeu suas duas doses, na data de convocação de sua faixa etária.

Outros pontos
A cidade também transformou espaços de esporte e lazer e serviços – como os Clubes da Gente e Ruas da Cidadania – em pontos de aplicação do imunizante. Para os mais idosos e com dificuldade de locomoção, foram ofertados os drive-thrus, com a aplicação das doses sem sair do carro, usando inclusive estacionamentos de igrejas.

A coordenadora do Centro de Atividade Física da Ouvidor Pardinho, da Smelj, Simone de Melo Silva Cordeiro, lembra com carinho do trabalho de transformar um lugar em que os idosos se exercitam em ponto de vacinação.

“É muito gratificante saber que muitas pessoas ficaram protegidas com a contribuição da nossa equipe. Nos sentimos úteis à sociedade, fazendo o que sabemos: atender pessoas, mas de uma forma diferente. Planejamos o espaço para não gerar aglomeração e recepcionar cada pessoa da melhor forma possível. Como servidora, senti orgulho em mostrarmos que estamos para servir à população no que for necessário”, conta Simone.

Informação e Transparência
A Prefeitura também informou pelos mais diversos canais sobre o avanço da imunização contra o coronavírus na cidade. Além de notícias diárias compartilhadas com os veículos de comunicação, fez frequentes postagens em seus canais oficiais (site, Twitter, Instagram, Facebook). Canais de WhatsApp, a Central 3350-9000 e a Central 156 também tiraram dúvidas do curitibano sobre a vacinação.

Foi criado o site Imuniza Já , atualizado diariamente com o vacinômetro, cronograma diário, informações e as orientações específicas para cada grupo de pessoas, com agilidade e transparência.

A Secretaria da Comunicação Social também usou do bom humor para informar, tirar dúvidas e combater desinformações. Algumas das publicações viralizaram nas mídias sociais, como o teste para a melhor vacina, feito no período em que apareceram os “gourmets da vacinação”. Ao final do teste, os usuários do Instagram eram informados que a melhor marca de vacina é a Que Tiver no Posto ou a Que Estiver Disponível.