Franklin de Freitas – Geonu00edsio Marinho

Candidato ao governo do Paraná pelo PRTB, partido do general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), Geonísio Marinho defendeu durante sabatina PUC/Bem Paraná ontem o regime militar, que recusou chamar de ditadura. Frente a informações com a proibição do voto  por 21 anos, Marinho insistiu que o período foi “democrático”. Empresário, dono de uma rede de farmácias, Geonísio já foi candidato ao governo em 2014, quando  chamou atenção por declarações consideradas homofóbicas. Sobre o assunto, disse que foi “mal interpretado” e que dará espaço poderá ter ‘a seu lado’ um homossexual, desde que seja técnico. Geonísio disse que integrantes de seu partido que se envolveram em caso de corrupção na campanha à prefeiturda de Curitiba em 2008 foram expulsos e garante intolerância à corrupção. O candidato defende a privatização dos presídios, mas a gestão do Estado sobre a Copel. 
Candidatura 
“Peço que não me olhe como um partido pequeno, porque os partidos grandes olhem quanta corrupção”. “São quase 70 bilhoes o orçamento do ano que vem. No primeiro ano não há muito o que fazer, é executar o orçamento já aprovado” “Se Deus nos ajudar e nos iluminar teremos maioria na Assembleia” “O único partido de direita é o PRTB”
LGBTfobia e Bolsonaro
“Eu convivo muito bem com qualquer tipo de diversidade. Aqui nessa cadeira eu fiz um comentário e fui muito mal interpretado. Hoje as coisas estão profundamente diferente”. “Quero ter o melhor convívio. Se for qualificado e tiver competência técnica estará ao meu lado. Não tenho discriminação de raça e de cor”. Em sua primeira agenda pública após ser confirmado a chapa na disputa pela Presidência, o General Mourão disse que o ‘brasileiro herdou a “indolência” do índio e a “malandragem” do negro’. O candidato ao governo defendeu o correligionário. “A imprensa é malvada. Ele citou Roberto Campos, um dos maiores economistas desse pais. Ele falou ‘É muito dificil fazer política economica quando se tem essa missigenação de raças’. A imprensa está querendo colocar Jair Bolsonaro em maus lençóis”, defendeu Geonísio.
Orçamento 
“Eu não tenho medo de cortar. Temos que ter o aumento da nossa despesa por meio de cortes”. “Espero realmente vencer para cortar de 30% a 50% dos cargos”  
Segurança
“Defendo a privativação dos presídios. Temos que delegar pra iniciativa privada”. “Os presos têm que pagar. O nosso governador está no Coronel Dulcídio junto de policiais. Tinha que estar com os presos”. “O ladrão tem medo de que você esteja (armado)”. 
Educação 
“O pai e a mãe casam cedo, separam, deixam o filho a Deus dará para que o professor eduque. O professor não educa, o professor é cultura. O professor é refém. Está chegando verdadeiros delinquentes na sala de aula. Tem que resolver a familia”.
Copel
“A Copel está nas mãos dos acionistas. O Estado tem que ser aquele que vai gerir”. 
Educação 
“Sou contra a Escola Sem Partido. Sou a favor da Escola Com Partido”.  Sobre a reforma do ensino médio: “Eu defendo as escolas militares. Nós temos que combater a causa. A reforma do modelo educacional é pedagógico, não apenas uma maneira de destruir escolas.”. “Estive na APP e lá eles são de esquerda, mas fui muito bem tratado. Me coloquei ao lado dos professores e inclusive o próximo secretário da Educação será indicado pelos professores”. 
Transparência 
“As universidades estaduais querem manter a tal da autonomia, de não querer mostrar os gastos”. “O Estado tem uma caixa preta e muitas contas para se fazer auditorias. Esse dinheiro saiu de muitos outros lugares. Eu declarei uma conta de 22 mil reais, enquanto o governador preso teve mais de 500 milhões”. “Em 2008, nas eleições para prefeito de Curitiba, o PRTB esteve envolvido em um esquema de corrupção. “Quem estava envolvido nisso está preso, Beto Richa. O que nós fizemos, com quem estava no governo, expulsamos”. 
Orçamento dos Poderes 
O Paraná é um dos poucos estados que tem um percentual da receita a ser destinado a cada um dos órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário, Tribunal de Contas e Ministério  Público. “São poderes independentes. É muito difícil estar mexendo no pão desses poderes. É mexer aos poucos”.
Ditadura
Os brasileiros ficaram 21 anos sem poder votar, foi cassado o habeas corpus, havia censores nos veículos de comunicação, que em um momento não puderam noticiar um surto de miningite. “Naquele momento, sim, aquilo era democracia”, respondeu Geonísio ao jornalista Ivan Santos. “Respeito as palmas (ao jornalista), mas tenho que defender o meu lado”, disse Geonísio. “Como disse o General Mourão. Os meus ídolos não morreram de overdose”, concluiu. 
“Nunca houve ditadura neste país. Ditadura pressupõe-se a um ditador. Nós tínhamos dois partidos. Nós tínhamos estabilidade, as pessoas podiam sair na rua, podiam ficar a noite toda na rua. Foi o momento que o país mais cresceu. Existia muita seriedade. Eu vivi nesta época. Uma época de glória. Hoje nada disso acontece”. “Ninguém quer intervenção. Nós estamos colocando na mesa, mas que vença quem vença, que seja no voto. Ninguém quer o golpe. Não vi nada na época da ditadura militar. Ficar sem votar naquela época era uma democracia, sim”.
Cultura
“Acredito que a cultura está muito carente. Acredito que não estão regionalizando as culturas locais”. 
Agricultura
“Eu sonho muito em ter pequenas cooperativas para os pequenos produtores. É com minha experiência e meu carinho, que pretendo agregar valor aos trabalhadores.” 
Aborto e maconha
“Sou contra o aborto e a legalização da maconha. Ser a favor do aborto é ser contra a vida, a esperança, o amor”.


“Nunca houve ditadura neste país. Ditadura pressupõe-se a um ditador. Nós tínhamos estabilidade, as pessoas podiam sair na rua, podiam ficar a noite toda na rua. Foi o momento que o país mais cresceu. Uma época de glória. Hoje nada disso acontece”

“O pai e a mãe casam cedo, separam, deixam o filho a Deus dará para que o professor eduque. O professor não educa, o professor é cultura. O professor é refém. Está chegando verdadeiros delinquentes na sala de aula. Tem que resolver a familia”

“Peço que não me olhe como um partido pequeno, porque os partidos grandes olhem quanta corrupção. São quase 70 bilhoes o orçamento do ano que vem. No primeiro ano não há muito o que fazer, é executar o orçamento já aprovado”.
do candidato do PRTB ao governo, Geonísio Marinho