Uma contravenção diplomática ou seria melhor dizer uma safadeza fashion de ninguém menos que vossa majestade, a Rainha Elizabeth, abalou a internet nesta semana.
Pois não é que a matriarca dos Windsor, que ostenta a coroa britânica e seus tailleurs monocromáticos, participou de um jantar de gala com o presidente norte-americano Donald Trump, no palácio de Buckingham, usando uma coroa com rubis, que, segundo a tradição de Myanmar, de onde vieram as pedras, têm a função de proteger do mal e da doença? Os assessores negam qualquer tipo de tropeço ou mensagem cifrada da rainha.
Mas não foi a primeira vez que ela dá seus recados por meio da vestimenta. No ano passado, ela apareceu em três ocasiões diante do presidente norte-americano usando belos broches. Nada de estranho até aqui no reino da cornuália. Mas vamos às coincidências. No primeiro encontro, ela usou uma joia que ganhou do ex-presidente-gente-boa Barack Obama e sua esposa Michelle Obama, como um símbolo de amizade.
De acordo o jornal The Guardian, a rainha foi além e, no segundo dia da visita, usou um broche que ganhou do Canadá, país com qual Trump tem se desentendido. Detalhe: a joia tem formato de floco de neve, em inglês snowflake, termo usado por Trump para se referir a pessoas que não concordam com ele.
Para completar, no terceiro encontro, um inofensivo chá no castelo de Windsor, Elizabeth II recebeu Trump e a primeira-dama americana Melania, com um broche que foi o utilizado pela rainha-mãe durante o funeral do rei George VI, com o qual era casada. A peça é associada ao luto e tristeza pela morte de um chefe de Estado.
Nossa indefectível rainha demonstrou, num acesso protocolar de liberdade poética, que não vai muito com a cara de Trump. Viu como moda também é instrumento de comunicação e poder?
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Rainha usa broche que ganhou de presente de Obama durante visita de Trump
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Broche Sapphire Jubilee Snowflake, um presente do povo do Canadá
