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Perto do fim da vacinação dos idosos contra Covid-19, as entidades que representam bares, restaurantes e o turismo já ensaiam retomar eventos direcionados para este público em diversas cidades do Paraná. O presidente da Associação Brasileira de Bares e Casa Noturnas (Abrabar), Fábio Aguayo afirmou que que nos próximos dias deve protocolar na Prefeitura de Curitiba pedido para realizar um baile da terceira idade como teste. Um clube de Pato Branco, no Sudoeste do Estado, realizou no último domingo (9) um baile-teste, com autorização da Vigilância Sanitária do município. De acordo com a Prefeitura de Pato Branco, os participantes serão monitorados para verificar se o evento deu certo. A iniciativa causou revolta nas redes sociais. O Ministério Público do Paraná (MPPR) tentou impedir, mas não conseguiu. O secretário de Estado da Saúde (Sesa), Beto Preto, criticou nesta terça (11) a inciativa no Sudoeste do Estado: “Não é hora de baile, de festa, de nada disso. Estamos numa pandemia. Estamos com UTIs com ocupação acima de 90%”. 

Aguayo disse ao Bem Paraná que se a prefeitura de Curitiba autorizar e o evento-teste der certo, a ideia é fazer pedidos similares nas Secretarias Municipais de Saude das principais cidades do interior do Paraná. “O nosso intuito com esse evento é começar a debater o retorno das pessoas já imunizadas às atividades, como festas, bailes, nos campos de futebol e em viagens. Estamos sentindo a a ausência do poder público de pensar nisso”, disse Aguayo. 

Segundo ele, na capital, a Abrabar já tem um estabelecimento disposto a ser parceiro num evento-teste: é a Sociedade Agua Verde, local tradicional de encontro da terceira idade: ” A entrada só seria permitida para pessoas vacinadas com as duas doses, após cumprido o período de eficácia do imunizante. O passaporte de segurança/entrada, neste caso, seria o certificado da vacina”. De acordo com Aguayo, o nome e endereço dos participantes do evento  serão listados para eventual acompanhamento destes após o evento, a fim de se verificar se houve algum tipo de contágio posterior. Tudo será comprovado com novo exame PCR, se necessário, em até sete dias após o teste.

Aguayo afirmou que as entidades buscam de parceiros para essas iniciativas em todo o Estado. “As experiências são fundamentais ao poder público no trabalho de identificação de qual a melhor estratégia para impedir as transmissões em massa do vírus e a vida voltar ao normal. As entidades querem incentivar eventos testes para valorizar estabelecimentos legais e aprimorar protocolos pós-vacinação da segunda dose”, disse ele, completando que as festas clandestinas continuam acontecendo e sendo muito mais prejudiciais ao combate ao coronavírus.