Henry Milleo – Bruno Vinicius Carvalho era técnico em Segurança do Trabalho e agora hospeda cachorros

Fim do ano é uma época em que muitas pessoas aproveitam para levantar uma renda extra visando quitar dívidas ou garantir os presentes de Natal. E uma das opções para ganhar um dinheiro extra é hospedar cachorros e gatos de pessoas que vão viajar, mas não vão levar os animais e não sabem o que fazer com eles. Existe até empresa que, através do site e do app, conecta quem tem cachorro a uma comunidade de passeadores e anfitriões escolhida a dedo.

Por meio da plataforma de economia compartilhada como a DogHero, presente em mais de 650 cidades brasileiras, é possível ganhar até R$ 8 mil hospedando cachorros em casa durante a temporada — a média de rendimentos é de R$ 5 mil durante todo o período. O valor médio da diária por cachorro é de R$ 50.

Bruno Vinicius Carvalho, 30, técnico em Segurança do Trabalho, por formação, é um anfitrião que quando percebeu as oportunidades deste mercado resolveru mudar de área. Com duas shitzu em casa, ele conta que trabalha apenas com hospedagem de animais, no caso, apenas cães de pequeno porte, por conta do espaço que dispõe e dos animais de que têm em casa. 

Carvalho relata que começou hospedando os animais de amigos. “Mas quando resolvi trabalhar para valer como anfitrião até de casa mudamos. Alugamos a casa que tínhamos em um condomínio e nos mudamos para a atual, no bairro Boa Vista, com cerca de 600 metros quadrados só de espaço aberto,  além de uma casa com cinco quartos e uma grande área externa”, conta. “E não me arrependo”, diz.

Anfitrião há cinco anos, sendo três na plataforma Dog Hero, o curitibano trabalha integralmente com hospedagens e consegue tirar uma média de R$ 1.900 por mês. Em período de alta temporada, o profissional faturou cerca de R$ 4.500. No quesito segurança e responsabilidade, ele lembra que um dos motivos para a mudança de casa foi poder oferecer mais segurança para os seus hóspedes. Ele conta que sempre tem hospedes, principalmente, de quinta a domingo.

Além de ter vaga na casa, antes de Carvalho oferecer a hospedagem, ele pede que o dono e o animal visitem a casa. “Assim eu consigo ter uma ideia se o animal é dócil e se sabe se sociabilizar”, conta. Ao dono, o Carvalho faz uma entrevista para saber sobre a rotina do pet a fim de que, quando ele estiver na casa, o animal consiga se sentir o melhor possível.

Para se tornar anfitrião DogHero, no entanto, é preciso cumprir requisitos de segurança da residência (como envio de fotos para garantir que o cachorro estará seguro durante o período de hospedagem) e realizar testes de conhecimentos sobre cachorros. Cerca de 20% dos candidatos são aprovados ao final.

Rápida

E se der emergência?
Caso o cachorro tenha algum mal-estar durante a estadia, a garantia veterinária inclusa no serviço reembolsa eventuais gastos com veterinário, exames e medicamentos em até R$ 5 mil. Além disso, a empresa também monitora as avaliações dos clientes conforme os anfitriões prestam o serviço, ação que mitiga riscos e viabiliza com que hoje 98% dos usuários recomendem a DogHero para um amigo ou familiar.