
Depois de sete meses paralisadas, as atividades culturais, como museus, teatros e cinemas, voltaram a abrir as portas em Curitiba desde o dia 16 de outubro. Entretanto, durante a primeira semana de atividade, os números não alcançaram a quantidade máxima permitida dentro das novas regras da pandemia, que prevê lotação de até 50% da capacidade total do estabelecimento.
Com a lotação ajustada, o Museu Oscar Niemeyer (MON) contou com um número maior de visitantes no domingo (18), totalizando 317 pessoas, seguido por sábado (17), com 316; sexta (16), com 188; e terça (20), com 156. “Tivemos um fluxo de visitantes interessante e imaginamos que, comparando com a média, já estamos com mais ou menos 30% do público”, conta Juliana Vosnika, Diretora Presidente do MON.
Para minimizar os riscos, alguns serviços estão suspensos, como o empréstimo de cadeira de rodas e carrinhos de bebê. “Adotamos um protocolo bem rígido nesse início, que foram determinados pela Secretaria de Saúde. Álcool gel está sendo disponibilizado, medição de temperatura, tapete desinfetante e distanciamento na fila da bilheteria. Nosso guarda-volumes também é todo higienizado, além de oferecemos uma embalagem plástica individual para colocar os pertences”, informa Juliana.
A estréia foi com a exposição “Espécies Raras”, de Tony Cragg, escultor britânico contemporâneo.
Além disso, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MACPR), também retomou as atividades. “O MACPR funciona em duas salas dentro do MON, por isso reabriu, também. Os demais museus, Guaíra e Biblioteca Pública seguem fechados por tempo indeterminado. Todos estão com atividades online”, explica a Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura (SECC), por meio de sua assessoria.
Além do MON, o cinema da rede Cineplus também está de volta à ativa, porém, com distanciamento social, público e horário reduzidos. “Estamos aplicando intervalos maiores de uma sessão para outra, variando de 40 minutos até 1 hora, para passar álcool em gel nos braços das poltronas. Além disso, não estamos abrindo às segunda-feiras porque fazemos aplicação de bactericidas na sala”, conta Milton Durski, Diretor Geral da rede Cineplus.
Apesar de ser a primeira rede privada a reabrir, o movimento das salas ainda não alcançou a lotação máxima permitida pelo dexcreto da prefeitura. “Eu acredito que o movimento está bem abaixo dos 50% que a prefeitura autorizou, geralmente é umas 10 pessoas por sessão, o que dá duas ou uma família. A maior sessão teve 25 pessoas, no domingo, para ‘Scooby Doo’. O máximo foi isso”, explica Durski.
Para garantir a segurança do cliente, é possível comprar ingresso pelo aplicativo da rede e também reservar sua poltrona.
Curitiba ultrapassa os 50 mil casos da Covid-19
Curitiba confirmou, nesta quinta-feira (22), 366 novos casos de Covid-19 e sete óbitos — quatro nas últimas 48 horas — de moradores da cidade infectados pelo novo coronavírus, conforme boletim da Secretaria Municipal da Saúde. Com isso, a cidade chegou a 50.055 casos confirmados da doença. O total de óbitos foi a 1.430.
Hoje também completam os 14 dias de validade do último decreto que instituiu a reabertura de atividades que vinham suspensas desde março, como teatros, cinemas e museus. A expectativa é que sejam mantidas as últimas determinações da bandeira amarela.
Paraná — O boletim da Secretaria de Estado da Saúde de ontem confirmou mais 1.265 casos e 13 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 202.217 casos e 4.998 mortos em decorrência da doença. Até ontem, 700 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estavam internados no Estado.
País — O Brasil confirmou 497 novas mortes por Covid-19 nesta quinta-feira, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Com isso, chega a 155.900 o número de óbitos pela doença no País. Foram ainda 24.858 novas confirmações da doença elevando o total de casos no Brasil para 5.323.630.
Natal nos shoppings
A pandemia do novo coronavírus trouxe impactos gigantescos para todos os setores, que precisam se reinventar e adaptar soluções para continuarem as atividades. De olho nesta situação difetente, a atividade comercial se prepara para enfrentar a questão da segurança sanitária e as festas de fim de ano.
Os shoppings, que costumam fechar as decorações de Natal no primeiro semestre do ano, já pensaram em criar atrações adaptadas à nova realidade. “Vamos ajustar nosso evento aos protocolos de saúde e segurança, frente à pandemia, mas com toda a magia e brilho que os clientes esperam ansiosamente encontrar nos shoppings no final do ano”, explica gerente de marketing do Jockey Plaza Shopping, Michelle Cirqueira, sem dar detalhes de como será a decoração do empreendimento neste tempo de pandemia.
A certeza é que o tradicional Papai Noel não vai poder se apresentar da forma convencional, na sua cadeira á espera do contato com as crianças e suas famílias. “Infelizmente, sem a vacina não será possível ter a presença do Papai Noel na forma tradicional, sentado em sua poltrona recebendo as famílias, mas sim, o bom velhinho terá sua atuação no shopping, para dar continuidade à magia do Natal”, afirma a gerente.
Enquanto isso, alguns shoppings da Capital já estão no clima de Natal, com a abertura de lojas que vendem decoração — Jockey Plaza, Crystal, Palladium, Mueller e Curitiba, por exemplo.