Aprender a montar e programar robôs e mecanismos eletrônicos já é a realidade em algumas escolas brasileiras, mesmo para crianças de 7 anos de idade. Além de divertido, esse aprendizado de ciência da computação logo cedo é um diferencial para a geração do século 21, que precisa ir além do mero uso das tecnologias prontas.

O programa curricular  também usa o trabalho em equipe e desafios práticos continuamente, para desenvolver habilidades do Século XXI socioemocionais nos alunos, muitas já incluídas como objetivos na nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que será implantada em todas as escolas brasileiras nos próximos anos.

A Mind Makers traz para escolas brasileiras de Educação Básica conteúdo e material completo para a inserção dessa nova disciplina, chamada de Pensamento Computacional, na grade do ensino Fundamental 1 e 2. A instituição oferece cursos para o desenvolvimento de mentes criativas por meio da programação, robótica e projetos maker. Tudo em conformidade com padrões internacionais, que não mais enxergam o aprofundamento em tecnologias computacionais como exigência de áreas técnicas.

O que se espera dessa nova disciplina é desenvolver habilidades e formar indivíduos em sintonia com o século 21, especialmente hábeis na resolução de problemas por meio da tecnologia – aplicando-a em qualquer área do conhecimento humano.

Durante as primeiras aulas, os alunos aprendem a programar através de plataformas educacionais e atividades lúdicas, usando computadores, mas também ferramentas técnicas como gabaritos, réguas e compassos para calcular trajetórias de robôs em tapetes pedagógicos, criados para simular desafios do mundo real.

Eles então projetam e constroem soluções que podem englobar circuitos eletrônicos, robôs, inventos e mecanismos eletrônicos da internet das coisas, programados e montados pelos alunos para resolver problemas que lhes são apresentados, de modo criativo e inovador.  

Nos estágios mais avançados, os alunos desenvolvem projetos maker, aprendem a montar sensores, a personalizar seus próprios robôs e a programar com maior autonomia, usando ferramentas de hardware e software de código aberto, de fácil acesso e muitas vezes gratuitas. 


Aprendizado ocorre brincando

Amparado por um currículo estruturado e um robusto material pedagógico, a proposta é oferecer recursos didáticos que reunam o melhor dos movimentos CODE, que desenvolve habilidades cognitivas através do aprendizado de programação; e MAKER, que solidifica o conhecimento abstrato a partir da manipulação e construção de objetos concretos, a famosa aprendizagem mão na massa.

Trabalhando essas tecnologias de ponta por meio de projetos, a criança ainda desenvolve habilidades como liderança, empreendedorismo, colaboração, persistência e trabalho em equipe – completando uma formação integral para novas exigências profissionais do século 21, explica João Lacerda, diretor da Mind Makers. Além disso, explica, as aulas de programação aliadas aos projetos maker desenvolvem a criatividade e o raciocínio lógico, aumentando a motivação dos alunos para aprender conteúdos curriculares. Eles são continuamente desafiados a resolver problemas multidisciplinares, que exigem conhecimentos de história e geografia, além da aplicação prática de abstrações da matemática e física, por exemplo, afirma.

As escolas que oferecem os cursos da Mind Makers têm salas de aulas equipadas com Raspberry Pi, um computador completo com foco educacional, do tamanho de um cartão de crédito que pode ser montado em robôs; kits para montagem de circuitos eletrônicos, alguns capazes de fazer objetos como massinhas, copos de água e até frutas funcionarem como touchpads; além de tapetes pedagógicos usados para a simulação de desafios em atividades “maker”.


Pensamento Computacional e criativo

Pensamento abstrato
Aprender a isolar aspectos importantes de algum problema ou objeto para representá-lo em modelos mentais ou computacionais.

Pensamento algorítmico
Aprender a instruir máquinas e pessoas a realizarem tarefas de modo preciso.

Pensamento sistêmico
Aprender a decompor problemas complexos em partes solucionáveis de menor complexidade.

Pensamento organizado
Via reconhecimento de padrões, aprender a identificar segmentos repetitivos em problemas e soluções que possam ser isolados, seja para algoritmos computacionais, seja para melhor organização mental.

Aprendizagem multidisciplinar
Aplicação prática de novos conhecimentos tecnológicos combinados com conceitos da matemática, física, comunicação oral e escrita, arte, história, geografia e ciências humanas.

Resolução de problemas
Atitudes e conhecimentos adequados para resolução de problemas práticos típicos e multifacetados.

Autonomia
Confiança em si próprio e em sua capacidade para transformar a realidade ao seu redor.

Criatividade
Ativo de alto valor nos dias atuais, desenvolvida na medida em que a criança adquire maior instrumentação em diversos níveis de tecnologia, confiança e estímulo para moldar e criar novos objetos.