SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O vaivém da negociação entre a Avianca Brasil -que entrou em recuperação judicial em dezembro- e  empresas arrendadoras de aeronaves se reverteu novamente nesta sexta-feira (18). 


Depois do anúncio feito pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) nesta quinta-feira (17) de que uma das arrendadoras pediu para executar a devolução de dez aviões da Avianca Brasil, a companhia aérea conseguiu reverter a medida. 


A retirada dos aviões poderia acontecer em cinco dias, acarretando problemas entre os passageiros com bilhetes comprados. A solicitação para que a Anac executasse o cancelamento da matrícula de dez aviões Airbus A320  havia sido feita pela empresa de leasing GE Capital Aviation Services, que é dona das aeronaves.


Após audiência realizada nesta sexta-feira (18) na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, no entanto, foi feito um novo acordo, suspendendo a medida. 


A Avianca Brasil tem 46 aeronaves em operação atualmente. 


Na segunda-feira (14), a Avianca Brasil já havia participado de uma audiência de conciliação com outras arrendadoras em que  se comprometeu a apresentar até o dia 1° de fevereiro as propostas de pagamento das dívidas vencidas ou um plano de devolução das aeronaves.       


No dia seguinte, no entanto, a GE Capital Aviation Services, que não participou da audiência de segunda-feira, pediu a devolução. Para solicitar a medida, a despeito do que ficou combinado na audiência de segunda-feira (14), a arrendadora baseou-se na convenção da Cidade do Cabo, que prevê a retirada de aeronave pelo proprietário em casos de inadimplência.   


Na quinta-feira (17), a Avianca Brasil anunciou  o corte de seus voos internacionais mais importantes (de Guarulhos para Nova York, Miami e Santiago), além da devolução de outras duas aeronaves A330 a empresas de arrendamento.