Rodolfo Luis Kowalski
As chamadas “prainhas” (estabelecimentos cujo espaço é diminuto e a ocupação de calçadas e praças no entorno, incentivada) são uma verdadeira febre em Curitiba. E para que a tendência continue com força na cidade, os empresários estão buscando o diálogo com a Prefeitura, firmando termos de ajustamento de conduta (TAC) para se antecipar a possíveis problemas e resolvê-los através da organização e união do empresariado.
De acordo com Fabio Aguayo, presidente do Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares do Município de Curitiba (Sindiabrabar), o TAC funciona, na prática, como uma medida preventiva para garantir maior segurança e ordem nos principais polos gastronômicos da cidade. A Prefeitura, por sua vez, destaca que a medida ajuda na organização dos trabalhos, em especial do Balada Segura.
“(Os bares de rua) É uma tendência sem volta, ainda mais com essa crise. É inevitável que isso continue, não para mais. É uma tendência que veio para ficar, só que temos de melhorar, aprimorar agora para não acabar. Essa é nossa preocupação como entidade e também a dos empresários”, afirma Aguayo.
Até o momento apenas os estabelecimentos localizados na região do Shopping Hauer, no bairro Batel, já firmaram um termo com a Prefeitura. Empresários da Avenida Vicente Machado e da Rua Trajano Reis, contudo, também já discutem firmar um termo com o município. “É uma medida que fazemos de proatividade, para mostrar que tem boa vontade, separar o joio do trigo e, principalmente, favorecer os verdadeiros clientes desses estabelecimentos”, aponta Aguayo.
No caso do Shopping Hauer, por exemplo, os bares e restaurantes da região se comprometeram a funcionar em horário limitado (até as 2 horas) e também integraram suas respectivas câmeras de segurança à rede de monitoramento da Guarda Municipal. Além disso, contrataram uma cooperativa de limpeza e separação que se encarrega de tirar a sujeira deixada pelos clientes na rua antes mesmo da limpeza pública iniciar seu trabalho, no final da madrugada, e também contrataram seguranças particulares  para orientar os clientes e evitar problemas como som alto e bagunça descontrolada.
Como contrapartida, o município se comprometeu a melhorar a iluminação do entorno do Shopping Hauer e também a ampliar as ações de policiamento e prevenção, inclusive com operações focadas na Lei Seca e em coibir casos de perturbação do sossego.

Iniciativa é considerada um sucesso pelo setor, até o momento
Fabio Aguayo, presidente do Sindiabrabar, aponta que até aqui a conjunção de forças do empresariado no Shopping Hauer tem tido resultados positivos. “Depois que eles fizeram esse TAC, até pelos vizinhos (a relação com eles) notamos que melhorou. Tem muita gente que não respeita a convivência, levam bebida de fora, levam som, mas os empresários cuidam, limpam, tentam manter oganizado ali porque querem gerar emprego, renda e trazer tributos”, destaca.
A Prefeitura de Curitiba, por sua vez, ressaltou que, por meio da Balada Protegida, toda semana equipes de diversos setores do poder público municipal, como Guarda Municipal, Urbanismo, Meio Ambiente e Trânsito, marcam presença no local. O município ainda destacou que diversas reuniões foram feitas para debater a situação do comércio no local, ressaltando que os próprios comerciantes procuraram a Prefeitura e estipularam um horário limite para fechamento, com o intuito de ajudar na organização dos trabalhos.

No caso do Shopping Hauer, por exemplo, os bares e restaurantes da região se comprometeram a funcionar em horário limitado (até as 2 horas) e também integraram suas respectivas câmeras de segurança à rede de monitoramento da Guarda Municipal. Além disso, contrataram uma cooperativa de limpeza e separação que se encarrega de tirar a sujeira deixada pelos clientes na rua antes mesmo da limpeza pública iniciar seu trabalho, no final da madrugada, e também contrataram seguranças particulares  para orientar os clientes e evitar problemas como som alto e bagunça descontrolada.
Como contrapartida, o município se comprometeu a melhorar a iluminação do entorno do Shopping Hauer e também a ampliar as ações de policiamento e prevenção, inclusive com operações focadas na Lei Seca e em coibir casos de perturbação do sossego.

Vicente Machado, Trajano Reis e Itupava são os próximos
De acordo com o Sindiabrabar, empresários da Avenida Vicente Machado e das ruas Trajano Reis e Itupava, inspirados no sucesso do Shopping Hauer, também já estariam cogitando abrir negociações com o município para firmar um termo de ajustamento de conduta (TAC). 
A situação mais avançada é a da Vicente Machado. Segundo a própria Prefeitura, para o termo ser firmado falta apenas o acordo entre os próprios comerciantes — segundo Fabio Aguayo, ainda não há unanimidade, uma vez que dois estabelecimentos não assinaram o documento. 
Com relação à Trajano Reis, os empresários já se reuniram com o vereador Bruno Pessutti para tratar do assunto e nas próximas semanas deve ser agendada uma reunião com o secretário da Defesa Social, Guilherme Rangel, para os empresários discutirem os termos do acordo.