Antonio Cruz/Agência Brasil

O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania) afirmou ontem que a queda do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, pode sepultar de vez a intenção de integrantes da equipe econômica do governo de ressuscitar a CPMF. Na última terça-feira, o secretário adjunto da Receita Federal, Marcelo de Sousa Silva, havia anunciado que a intenção do governo era taxar em 0,40% os saques e depósitos em dinheiro e em 0,20% as operações de crédito e débito. “O episódio da queda de Cintra revela um verdadeiro bate-cabeça dentro do governo com relação à CPMF”, avalia Bueno.

Carga
O deputado argumenta que a sociedade não aceita mais impostos, ainda mais uma CPMF que incide sobre todos com uma mesma alíquota. “Temos uma carga tributária que atingiu em 2018 o pico histórico de 35,07% do Produto Interno Bruto (PIB). De outro lado, oferecemos serviços públicos de saúde, educação e segurança de péssima qualidade. A população e o setor produtivo estão sufocados e não têm como arcar com mais impostos”.

Fake news
O juiz Wolfgang Werner Jahnke, do 5º Juizado Especial Cível de Curitiba, determinou ao Facebook e ao Twitter a exclusão das notícias falsas contra o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB). A decisão de ontem deu prazo de cinco dias às duas redes sociais removem os conteúdos das URL’s que constam na ação movida pelo deputado.

Milícias
Romanelli diz que foi alvo das milícias que propagam as fake news nas redes sociais que deturparam uma notícia sem qualquer relação com o deputado. “Isso tipo de postagem busca, única e e exclusivamente, o assassinato de reputações de quem não concorda com a pregação do ódio que hoje campeia parte das redes sociais”, disse o deputado. “Aliás, políticos são o alvo preferencial dessa gentalha que se especializou em espalhar falsidades e manipular parte da opinião pública. A justiça faz mais do quem bem em barrar esse tipo de crime”, afirma Romanelli.

Operação Hígia
O Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público estadual, deflagrou na terça-feira a segunda fase da Operação Hígia, que investiga a prática de crimes contra a prefeitura do de Pato Branco. Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, em residências e empresas, sendo apreendidos aparelhos de telefonia móvel, documentos e valores em espécie. Duas pessoas foram presas em flagrante por crime de posse ilegal de armas de fogo e munições.

Dinheiro vivo
A investigação mostrou que, de 2014 a 2017, os denunciados, em conluio com empresários que possuíam contratos de fornecimento de materiais elétricos com a prefeitura, participaram de um esquema criminoso que usava notas fiscais falsas de produtos não entregues. De acordo com o MP, a prefeitura fazia o pagamento das notas frias, e parte do dinheiro era repassado para agentes públicos envolvidos. Somente em um dos casos investigados, segundo a promotoria, os desvios ultrapassaram R$ 500 mil, sendo a maior parte desse valor entregue em espécie ao então secretário de Administração e Finanças, Vanderlei José Crestani.