Franklin de Freitas

Após a Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa-PR) confirmar nesta quarta-feira (28 de julho) que a variante delta do novo coronavírus já está sendo transmitida comunitariamente no estado, o secretário de Saúde Beto Preto fez um pronunciamento no qual comentou sobre a situação epidemiológica no estado. Segundo ele, neste momento é necessário que a população mantenha as medidas não farmacológicas para enfrentamento da pandemia, como o distanciamento social, a higienização das mãos e o uso de máscara. Além disso, ele aponta ainda que o elemento mais importante será a vacinação contra a Covid-19.

“Nesse período de frio, [o ideal é procurar] não permanecer por muito tempo em ambientes não arejados com muitas pessoas. Além disso, o elemento mais importante, talvez, é a necessidade da imunização, da vacinação. Quem tomou a primeira dose da vacina, não deixe de tomar a segunda dose. A imunização vai se mostrar o elemento mais importante do escudo imunológico que o cidadão pode ter”, afirmou o secretário.

Ainda segundo Beto Preto, todos os estudos científicos tem mostrado que a varaiante delta é muita parecida com outras cepas que já circulam pelo Paraná. “A vacinação pode garantir um abrandamento do quadro infeccional nas pessoas que contraírem esse vírus. Ainda não temos estudos que mostrem que essa variante é mais agressiva ou não, mas os estudos mostram que se trata de uma variante mais contagiosa”, disse ele. 

Lastro de controle foi perdido com a transmissão comunitária

O secretário de Saúde do Paraná ainda comentou que o Paraná, até ontem, havia confirmado 13 casos da varaiante delta do coronavírus, o que já vinha sendo objeto de estudo epidemiológico da equipe da Sesa-PR com o Ministério da Saúde, que mandou uma equipe para o Paraná, que permaneceu 20 dias por aqui fazendo rastreio e inquérito epidemiológico. “Outros testes de RT-PCR também estavam submetido à Fiocruz e alguns começaram a ter os resultados positivados, então na data de hoje mais 16 casos foram confirmados, completando 29 casos confirmados no Paraná”, afirma Beto Preto.

Questionado sobre o que significa, na prática, o Paraná ter alcançado o estágio de transmissão comunitária da variante, o secretário esclareceu que quando haviam poucos casos da Delta era possível identificar, por exemplo, de onde esses casos estavam vindo, quem passou o vírus para quem, de onde essa pessoa veio e com quem ela se relacionou. “Nesse momento, da transmissão comunitária, esse lastro foi perdido. Ou seja, o vírus está circulando, fazendo o contágio em diversas pessoas e não conseguimos mais fazer o lastro de controle do primeiro caso.”