O candidato do PSDB ao governo, Beto Richa, reafirmou em Paranavaí, ontem em Paranavaí (Noroeste) seu compromisso de manter públicas e fortes as empresas estatais paranaenses. Richa vem sendo acusado pelo adversário, o candidato do PDT, senador Osmar Dias, de compactuar com as privatizações protagonizadas pelo governo Jaime Lerner, do qual ele era aliado. Osmar tem apontado o oponente como conivente com a venda do Banestado e a tentativa de privatização da Copel, além da implantação do pedágio.

Não temos a menor intenção de privatizar nenhuma companhia pública. Todas continuarão sob o controle público, só que não da forma como vêm sendo administradas. Nos últimos oito anos, o Paraná viu essas empresas perderem valor de mercado e talentos profissionais, transformadas em cabides de emprego para abrigar apaniguados políticos, afirmou Richa. Este mesmo grupo que enfraqueceu nossas empresas me acusa de querer privatizar a Copel e Sanepar. Pelo contrário, nós vamos promover um choque de gestão, colocando profissionais para que nossas empresas voltem a ser referência e orgulho dos paranaenses, garantiu.

O tucano afirmou que a Copel, hoje, é um exemplo de má gestão. Só para comparar, há oito anos a Copel estava entre as empresas mais valorizadas do setor elétrico. E a Cemig, de Minas Gerais, tinha apenas 40% do valor da Copel. Hoje, essa proporção se inverteu: a Copel vale 40% da Cemig, que cresceu e se fortaleceu na gestão do governador Aécio Neves. É este modelo de eficiência que queremos para o Paraná, explicou.

O mesmo modelo de gestão por metas e resultados será adotado na Sanepar, prometeu o candidato. Conversei com os funcionários da Sanepar e eles contam que a diretoria está cheia de indicados políticos que não entendem nada do setor. No meu governo, vamos trazer os funcionários para ajudar a gerir a Sanepar, disse.

Para Richa, é inconcebível que o Porto de Paranaguá venha perdendo espaço para portos de Santa Catarina e São Paulo. Segundo ele, o porto precisa de gestão ambiental, dragagem, modernização administrativa e adoção de nova tecnologia portuária, além de ampliação do cais. Quem está pagando a conta pelo alto custo do porto são nossas empresas e produtores rurais, que deixam de criar emprego e renda por causa da ineficiência de gestão, afirmou.

O tucano acenou ainda com o aumento no fluxo de investimentos. Os gestores paranaenses destes últimos oitos secaram a capacidade de investimento do Estado. O Paraná é um dos nove estados que deve a capacidade de investimento reduzida. Hoje o estado está em 18º lugar entre os 27 estados brasileiros, disse. Richa propõe uma administração de resultados, baseada em contratos de gestão, que definam metas e prazos de execução para todas as áreas.