Valter Campanato/ Agência Brasil

O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta quinta-feira (2 de abril) a intenção  de convocar um dia de jejum religioso contra o Coronavírus. Durante o dia ele já havia conversado com pastores evangélicos e indicou que poderia fazer a convocação para o próximo domingo. Mais tarde, em entrevista à rádio Jovem Pan, confirmou a ideia.

“Sou católico e minha esposa, evangélica. É um pedido dessas pessoas. Estou pedindo um dia de jejum para quem tem fé. Então, a gente vai, brevemente, com os pastores, padres e religiosos anunciar. Pedir um dia de jejum para todo o povo brasileiro, em nome, obviamente, de que o Brasil fique livre desse mal o mais rápido possível”, declarou Bolsonaro.

Na mesma entrevista, o presidente também disse que o povo precisa “pedir mais” pela reabertura do comércio, reconhecendo que ainda não tem apoio popular suficiente para iniciar o processo de transição para a “normalidade”.

“Eu estou esperando o povo pedir mais, porque o que eu tenho de base de apoio são alguns parlamentares. Tudo bem, não é maioria, mas tenho o povo do nosso lado. Eu só posso posso tomar certas decisões com o povo estando comigo”, afirmou.

Bolsonaro defende que estados e municípios reabram, a partir da próxima segunda-feira (6 de abril) e de forma gradual, a atividade comercial, a fim de evitar um aumento nas taxas de desemprego. Também disse ter um decreto pronto para incluir os estabelecimentos comerciais como atividade essencial, mas que ainda não assinou porque estria sofrendo ameaças, entre elas a abertura de um processo de impeachment no Legislativo.