BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou nesta quarta-feira (16) uma declaração conjunta do país com a Argentina na qual os dois governos prometem trabalhar para rever a tarifa externa comum do Mercosul. 


O comunicado é resultado do encontro entre os presidentes da Argentina, Mauricio Macri, e do Brasil, Jair Bolsonaro, também nesta quarta em Brasília.  


A tarifa externa comum é uma alíquota do imposto de importação acertada entre os quatro sócios do bloco – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.


O conteúdo da nota indica que Bolsonaro e Macri pretendem flexibilizar essa regra.


No mesmo documento, o Itamaraty diz que Bolsonaro e Macri vão trabalhar juntos para “melhorar o acesso a mercados e avançar em facilitação de comércio e convergência regulatória”.


Ainda sobre o Mercosul, os mandatários decidiram atuar para impulsionar as negociações “mais promissoras já em curso” do bloco com outros países, e “avaliar o início de novas negociações com novos parceiros”.


Assim, a declaração aponta uma uma linha semelhante a que o Itamaraty adotou sob Bolsonaro em relação aos acordos que o Mercosul tenta fechar com outros parceiros: fazer o possível para concluir conversas que já estão avançadas, como as que envolvem a União Europeia, mas no futuro atuar para que haja mais liberdade entre os membros para fechar acordos com terceiros.


Embora Bolsonaro e Macri – o argentino de forma mais enfática – tenham abordado a situação da Venezuela e criticado o regime do ditador Nicolás Maduro, não há qualquer menção no comunicado conjunto à crise venezuelana.


Também foi informado que Bolsonaro deve realizar uma visita oficial a Buenos Aires, em data que ainda será definida.