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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro teve melhora do seu estado de saúde nas últimas 24 horas e está “sem dor, afebril e com redução da coleção líquida no abdômen”, segundo boletim médico divulgado na tarde desta terça-feira (5).

Bolsonaro está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, há nove dias para ser submetido a uma cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal.

De acordo com o boletim, ele segue em unidade de cuidados semi-intensivos nesta segunda, cinco dias após ter obtido alta da UTI (unidade de terapia intensiva).

“Apresentou aumento da movimentação intestinal, o que possibilitou o início de ingestão de líquidos por via oral em associação à nutrição parenteral. Os exames laboratoriais apresentam melhora. O paciente segue com antibióticos e dreno no abdômen”, diz o boletim.

Depois de ter febre no domingo e um acúmulo de líquido na cavidade abdominal, os médicos decidiram postergar a alta, prevista inicialmente para quarta-feira (6).

Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, a equipe médica responsável pela cirurgia e recuperação do presidente ainda não tem data estimada para alta. Ele disse ainda que, na noite de segunda-feira (4), o presidente interrompeu o jejum e começou a ingerir líquidos.

Anteriormente, Rêgo Barros havia informado que o presidente só sairia do hospital a partir da próxima segunda (11), quando será encerrado um tratamento à base de antibióticos para conter o início de um quadro infeccioso, detectado em exames realizados nos últimos dias.

O presidente segue com restrições para retomar a rotina de despachos e para receber visitas. A primeira-dama, Michelle, e um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), permanecem no hospital.

De acordo com assessores do Palácio do Planalto, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) visitou o pai na noite de segunda (4).

No domingo, ele foi submetido a uma tomografia no abdômen que descartou complicações cirúrgicas. Como a Folha de S.Paulo publicou, Bolsonaro teve uma paralisia no intestino, que provocou náuseas e vômitos no sábado (2). Tecnicamente, a condição clínica é chamada de “íleo paralítico”.

“O corpo médico ainda advoga que ele deve permanecer em repouso para que ele possa melhorar nos próximos dias”, disse o porta-voz.

Bolsonaro se manteve afastado da Presidência apenas nas 48 horas que se seguiram ao procedimento médico, período em que assumiu o vice, general Hamilton Mourão.

Desde então, ele teve apenas um despacho presencial, com o subchefe de Assuntos Jurídicos, na quinta, e uma reunião por videoconferência, na sexta.

Na manhã desta terça, um dia depois de ter a expectativa de alta postergada, Bolsonaro foi às redes sociais para criticar o que chamou de “militância maldosa”.

Sem dizer a que se referia, o presidente disse que “há um gigantesco diferencial entre informar com imparcialidade e fazer militância maldosa”, escreveu.

Na mesma postagem, ele disse que seu estado de saúde está em “plena evolução”.