CAROLINA LINHARES

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Os corpos do piloto e de um empresário que estavam no helicóptero que caiu na noite de sábado (16) em Espírito Santo do Dourado, no sul de Minas, foram encontrados carbonizados pelos bombeiros na manhã desta segunda (18). 

Por volta das 10h, foi encontrado o corpo do piloto Luiz Gustavo Araújo Soares, 39, e, uma hora depois, o corpo de Márcio Bissoli, 50, em meio aos destroços da aeronave. Os corpos serão encaminhados ao Instituto Médico Legal de Belo Horizonte.

Imagens de câmeras de segurança do heliporto em Nova Lima (MG), de onde o helicóptero partiu rumo a São Paulo, mostram que somente Bissoli e o piloto embarcaram na aeronave. 

O helicóptero está registrado em nome do banco Bradesco (devido ao leasing da aeronave), mas é operado por uma empresa do grupo Bauminas, de produtos químicos e mineração, do qual Bissoli é diretor-executivo.

Bissoli era sócio de empresas em São Paulo, Minas e Bahia. Nascido em Cataguases (MG) e morador de Belo Horizonte, ele deixa um filho adulto. Um de seus empreendimentos era a construção de um condomínio de luxo na região de Capitólio (MG). 

Soares deixa a mulher, também piloto. O último contato do piloto, na noite de sábado, foi informando problemas mecânicos e dificuldade para pouso. Logo após declarar emergência, ele reportou que estava caindo e desapareceu do radar. 

Moradores que testemunharam a queda notaram que o helicóptero pegou fogo na parte posterior ainda durante o voo e explodiu ao bater em um barranco. O fogo se alastrou por uma área de pasto de difícil acesso, e os destroços se espalharam por 250 metros. Os bombeiros foram acionados por volta das 19h40.

A aeronave de modelo A109S foi fabricada em 2010 e tinha certificado de aeronavegabilidade válido até 2022. A Inspeção Anual de Manutenção venceria no próximo mês. 

As causas do acidente serão investigadas pelo Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 3) e pela Polícia Civil de Pouso Alegre (MG).