Jaelson Lucas/AN-PR
A potencial falta de insumos médicos para dar início rápido à vacinação contra a Covid-19 pode levar a uma verdadeira corrida pelo material nos próximos meses. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABIMO), haverá a necessidade de, no mínimo, 300 milhões de seringas em um prazo de três ou quatro meses. 
De acordo com a associação, neste prazo, o país consegue produzir cerca de 50 milhões de equipamentos médicos para vacinação. A solução é, portanto, importar ou contar com empresas que, com o maquinário adequado, possam produzir mais insumos.

Tão importante quanto a segurança dos equipamentos médicos, a qualidade das agulhas e seringas também garante a segurança do paciente. Existem duas normas que determinam os requisitos de desempenho e segurança das agulhas e seringas: a ISO 7864-1: 2016 e ISO 7886-1:2017, respectivamente.

“Um dos principais ensaios realizados em seringas é a medição de volume da escala graduada, onde verificamos se as tolerâncias estão dentro dos limites da norma, e esse é um dos fatores, por exemplo, que garante a exatidão na dosagem do medicamento”, explica Ariane Tada, coordenadora técnica do Laboratório de Agulhas e Seringas na TÜV Rheinland, lembrando que, além das normas técnicas da ISO, existem as RDCs (Resoluções da Diretoria Colegiada) da ANVISA que são obrigatórias para a comercialização desses produtos para saúde e também as portarias do Inmetro que estabelecem as regras para certificação.

No Brasil, a TÜV Rheinland é líder de mercado em ensaios de agulhas e seringas e já está acreditada para atender às normas mais atuais exigidas pela Anvisa. A empresa mantém um laboratório de ensaios localizado em São Paulo, acreditado pela CGCRE/INMETRO. O laboratório realiza ensaio de aproximadamente 250 famílias de produtos por ano, comenta Ariane Tada.