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A diretoria do Brusque publicou no seu site nota sobre as acusações do meia Celsinho, do Londrina, de que teria sido chamado de “macaco” por membros da diretoria do Brusque, durante o jogo realizado no sábado (28). Na nota, o clube catarinense não só nega as acusações, como diz que o jogador “é conhecido por se envolver neste tipo de episódio”, sugerindo que o episódio foi oportunista, e que entrará com “medidas cabíveis” contra o meio-campista.

Veja a nota na íntegra:

“O Brusque F.C., sua torcida, diretoria, comissão técnica e patrocinadores sempre foram, ao longo da sua história, absolutamente respeitosos com relação a todos os princípios que regem as relações desportivas e humanas. Jamais permitiríamos qualquer atitude de conotação racista em nosso Clube, que condena veementemente qualquer pensamento ou prática nesse sentido. O atleta, por sua vez, é conhecido por se envolver neste tipo de episódio. Esta é pelo menos a 3a vez, somente este ano, que alega ter sido alvo de racismo, caracterizando verdadeira “perseguição” ao mesmo. Importante esclarecer que, ao árbitro, o atleta não relatou ter sido chamado de “macaco”, mas sim que teriam dito “vai cortar esse cabelo de cachopa de abelha”, o que constou da súmula e revela a total contradição nos seus relatos. O Brusque F.C. reitera que nenhum de seus diretores praticou qualquer ato de racismo e tomará todas as medidas cabíveis para a responsabilização do atleta pela falsa imputação de um crime. Racismo é algo grave e não pode ser tratado como um artificio esportivo, nem, tampouco, com oportunismo.

A Diretoria”

O episódio

Em jogo marcado por acusação de racismo do meia Celsinho, Brusque e Londrina fizeram um jogo muito fraco tecnicamente na noite deste sábado, no estádio Augusto Bauer, e ficaram no empate sem gols pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Na volta do intervalo, o meia Celsinho, que era opção no banco de reservas do Londrina, relatou ao quarto árbitro ter sido chamado de “macaco” por pessoas que estavam na arquibancada. Ao final do jogo ele identificou uma pessoa, que seria dirigente do clube da casa. “É uma pessoa de camisa vermelha. Ele pode ficar tranquilo porque vai responder por isso. Nós estamos em pandemia e não sei porque ainda deixam tanta gente entrar no estádio”, disse o meia Celsinho, que no segundo tempo entrou no lugar de Lucas Lourenço. O suposto infrator estava vendo o jogo em um camarote, mas desceu na arquibancada, perto do túnel do Londrina e ainda discutiu com alguns jogadores paranaenses. Ele tinha um enorme crachá pendurado no pescoço.

Nas redes sociais, clubes como o Botafogo e o Marcílio Dias (SC) manifestaram solidariedade a Celsinho e afirmaram que repudiam o racismo.