Pedro Ribas

As consequências da grave estiagem que atinge o estado do Paraná serão debatidas nesta quinta-feira (4) a partir das 14h30, durante reunião pública virtual promovida pela Câmara Municipal de Curitiba. A iniciativa é do vereador Bruno Pessuti (PODE), que preside a Comissão de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Metropolitanos do Legislativo municipal. Além das Sessões Plenárias e das reuniões de comissões, está é a primeira audiência realizada no formato on-line pela Câmara durante a pandemia.

Reflexos da falta de chuvas no Paraná

A crise no abastecimento provocou reflexos concretos no cotidiano da população. Algumas cidades do Estado enfrentam rodízio no fornecimento de água. Com o avanço da estiagem, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD) chegou a decretar situação de Emergência Hídrica no começo de maio. “Em meio à pandemia, não podemos esquecer os outros temas que estão afetando a população . O desabastecimento de água é uma risco real que enfrentamos hoje. A falta de água pode, inclusive, ser um fator agravante no combate à Covid-19. Mais do que isso, a crise hídrica já afeta diariamente o cotidiano das famílias curitibanas. Por isso é dever da Comissão de Meio Ambiente tomar frente da discussão sobre a Crise Hídrica que a cidade enfrenta”, explica Pessuti.

Presenças

Além dos vereadores que integram a Comissão, confirmaram presença os seguintes convidados: José Luiz Sccrocaro (Presidente do Instituto Agua e Terra) ; Julio Cesar Gonchorosky (Diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar), Ana Carolina Schimidlin (Diretora do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente) e Ibson Gabriel de Campos (Superintendente de Controle Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente).

A reunião virtual poderá ser acompanhada ao vivo pelo canal do YouTube da Câmara Municipal de Curitiba: https://www.youtube.com/channel/UCJcOI81tiobWp9FyeCuJMiw


Proposta do novo código brasileiro de energia deverá ser finalizada ainda este ano

O texto-base do projeto do novo Código Brasileiro de Energia – que discute a regulamentação do setor elétrico no país – deverá ser entregue até o final deste ano pela Câmara Federal. As Pequenas Centrais Hidrelétricas estarão em um Capítulo especial no documento

No segundo semestre de 2019 foi criada uma Comissão Especial para debater e propor o Código Brasileiro de Energia Elétrica, formada por 40 deputados. Entidades que atuam no setor de energia foram ouvidas em audiências públicas, incluindo a Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras de Energia (ABRAPCH), distribuidoras, grandes geradores e outras entidades.

Das 1.507 hidrelétricas que encontram-se em operação no Brasil, 738 são CGHs, 547 são PCHs e 222 são UHEs.

De acordo com o relator do projeto, deputado federal Lafayette de Andrada (REPUBLICANOS-MG), a primeira fase do trabalho foi de diagnóstico e, neste momento, a Comissão está dedicada a unificar normativas e legislações que afetam o setor e os consumidores para a elaboração do projeto final.

“As PCHs e CGHs cumprem um papel estratégico e importantíssimo no setor de energia elétrica. São pequenos reservatórios que trazem inclusive benefícios sociais e ambientais para os municípios, pois todos precisam de água e as PCHs e CGHs protegem este patrimônio “, disse o deputado Lafayette.


4,8 mil ônibus podem ser reutilizados como hospitais móveis

Com o surto da Covid-19, ideias e projetos surgiram em massa, para compensar o sistema de saúde convencional e ajudar na luta e combate ao Coronavírus.

Uma iniciativa de relevância, não só pela questão da saúde, mas também do emprego do reaproveitamento de materiais e de sustentabilidade, é o Ônibus de Saúde Imediata (O-SI). O projeto foi criado pelo escritório Democratic Architects, em parceria com alunos da USP (Universidade de São Paulo) e consultoria de profissionais do Hospital São Paulo.

O O-SI será um equipamento de saúde de atendimento primário, móvel e modular, de rápida implantação e grande alcance. O projeto prevê o re-uso de até 4.800 veículos de transporte coletivo, recentemente retirados da frota da cidade de São Paulo. Para isso, haverá uma adaptação de seu espaço interno para uso clínico, com foco em telemedicina, permitindo uma maior flexibilidade e menor custo de operação.

Desenhado de forma a acompanhar as necessidades espaciais da modernização médica, o Ônibus de Saúde Imediata (O-SI) irá oferecer uma opção segura de atendimento preliminar e tratamento de doenças comuns durante e depois da pandemia de COVID-19.

O O-SI foi recentemente apresentado à câmara de vereadores de São Paulo e com grande aceitação dos parlamentares foi encaminhado à Secretaria de Saúde (SMS) e de Transportes (SMT). Paralelamente a isto grupos privados também demonstraram interesse em patrocinar o projeto. Agora, ele encontra-se na fase final de detalhamento e espera-se que o primeiro protótipo funcional esteja operante em até um mês.