O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), anunciou que haverá uma reunião na hoje com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para definir a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição. O “pacote do desespero”, como a ofensiva do Palácio do Planalto e do Congresso para reduzir os preços dos combustíveis foi apelidada por técnicos, passou na quinta-feira, 30, no Senado com amplo apoio, inclusive da oposição.
Barros confirmou a intenção de unir a proposta com a PEC dos biocombustíveis, que já tramita na Câmara, como adiantado ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Arthur Maia (União Brasil-BA).
“Essa é uma articulação em andamento com os senhores líderes”, disse Barros, em um vídeo publicado em suas redes sociais. De acordo com o líder do governo, a ideia é votar a PEC sem alterações. Se a proposta passar na Câmara da forma como foi aprovada no Senado, vai direto para promulgação pelo Congresso.
“Este é o caminho para entregar o mais breve possível os benefícios que a população espera neste momento de crise. Vamos trabalhar duro para votar antes do recesso”, declarou Barros. A previsão de Maia é que a proposta poderia passar na CCJ amanhã, se a oposição não pedir vistas para adiar a votação.
Nesse caso, Lira precisaria fazer um acordo para unir o “pacote do desespero” com a PEC dos biocombustíveis, que deve ser votada em comissão especial na quarta-feira.