A Campanha da Fraternidade 2017, lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem como tema Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida. E, inspirado no Livro do Gênesis (2,15), o lema: Cultivar e guardar a criação. O objetivo, segundo a CNBB, é cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho. A campanha evidencia a beleza natural e a diversidade dos seis biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal, que juntos abrigam cerca de 14% da biodiversidade de plantas do mundo.

Mês das Águas promoverá conscientização
Para comemorar o Mês das Águas e alertar a população para a crise hídrica que o país enfrenta, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Agência Nacional de Águas (ANA) e parceiros programaram uma série de atividades ao longo de março. Toda a área da Esplanada dos Ministérios, no centro da capital, já está iluminada de azul para lembrar a importância do assunto. Também serão realizados eventos no Lago Paranoá e seminários sobre os 20 anos da Lei das Águas.

Programação
O seminário Águas do Brasil – 20 anos da Lei das Águas discutirá, nos dias 21 e 22 de março, a trajetória da legislação que estabeleceu a Política Nacional de Recursos Hídricos. O dia 25 incluirá diversas atividades pela capital. O movimento Ocupe o Lago, na Ermida Dom Bosco, terá a participação da atriz e ambientalista Maria Paula e promoverá atividades como campeonatos de remo e canoagem, além da coleta subaquática de resíduos do Lago Paranoá, com a participação de 500 mergulhadores. Haverá, também, a Corrida das Águas, no Parque da Cidade.

Brasília participará, ainda, da Hora do Planeta, um ato simbólico encabeçado pela WWF no qual todos são convidados a apagar as luzes por 60 minutos como forma de mostrar sua preocupação com o aquecimento global. Na capital federal, a iluminação de monumentos situados na Esplanada dos Ministérios será desligada às 20h30, momento em que será iniciado um passeio noturno de bicicleta pela região.

Poluição ambiental causa morte de 1,7 mi de crianças por ano no mundo
Mais de uma em cada quatro mortes de crianças menores de 5 anos em todo o mundo são atribuídas a ambientes considerados insalubres. Todos os anos, riscos ambientais – como poluição do ar, água não tratada, falta de saneamento e higiene inadequada – tomam a vida de 1,7 milhão de crianças nessa faixa etária. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O estudo Herdando um Mundo Sustentável: Atlas sobre a Saúde das Crianças e o Meio Ambiente (tradução livre) revela que grande parte das causas mais comuns de morte entre crianças com idade entre um mês e 5 anos – diarreia, malária e pneumonia – pode ser prevenida por meio de intervenções já conhecidas para reduzir riscos ambientais, como o acesso à água tratada.

Principais causas de morte entre crianças
Dados da OMS sobre as cinco principais causas de morte entre crianças menores de 5 anos ligadas ao ambiente em que vivem alertam que, todos os anos:

– 570 mil crianças menores de 5 anos morrem em razão de infecções respiratórias como pneumonia, atribuídas à poluição de ambientes internos e externos e à fumaça de cigarros;

– 361 mil crianças menores de 5 anos morrem em razão de diarreia, como resultado do baixo acesso à água tratada, ao saneamento e a condições adequadas de higiene;

– 270 mil crianças morrem durante o primeiro mês de vida por conta de condições como a prematuridade, que poderia ser prevenida por meio do acesso à água tratada, ao saneamento e a unidades de saúde;

– 200 mil mortes de crianças menores de 5 anos provocadas por malária poderiam ser prevenidas por meio de ações ambientais, como a redução de focos de reprodução de mosquitos e melhorias no armazenamento de água potável;

– 200 mil crianças menores de 5 anos morrem em razão de lesões não intencionais atribuídas ao ambiente em que vivem, como envenenamento, quedas e afogamento.

Lançamento do Sinaflor
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, lançaou, ontem (terça-feira), o Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor), desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O Sinaflor é um sistema de controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos e subprodutos florestais, que rastreará desde as autorizações de exploração até o transporte, armazenamento, industrialização e exportação.

Até o final de 2017, todos os sistemas estaduais deverão estar integrados ao nacional. A utilização do Sinaflor será obrigatória para todos os estados a partir de janeiro de 2018.