Reprodução site oneblood

Uma campanha mundial tenta encontrar 10 pessoas com um tipo de sangue raro para tentar salvar um bebê de dois anos de idade. A bebê sofre de câncer e precisa de várias transfusões de sangue para combater a doença. Zainab Mughal, que vive no Estado da Flórida ((EUA), tem um dos tipos de sangue mais raros do mundo, o que torna difícil encontrar doadores.  Mais de mil amostras testadas e apenas três foram positivas para o tipo de sangue – uma delas enviada da Inglaterra. Os médicos afirmam que ela precisa de cerca de 10 doadores.

Frieda Bright, gerente de laboratório do banco de sangue sem fins lucrativos OneBlood, que encabeça a campanha internacional em entrevista a sites de notícia, disse  que o sangue de Zainab é raro porque não tem um antígeno chamado Inb, que é comum na maioria das pessoas. Por isso, é preciso encontrar doadores que também não tenham esse antígeno, ou o corpo da menina vai rejeitar o sangue.

"É tão raro que é a primeira vez que vejo em mais de 20 anos nessa profissão", declarou Bright em um vídeo gravado pelo banco de sangue.

De acordo com os organizadores da campanha, os doadores devem ser exclusivamente de ascendência paquistanesa, indiana ou iraniana, e ter sangue tipo O ou A. Isso porque, estatisticamente, a chance de encontrar o sangue compatível fora dessas populações é quase nula. Ainda assim, mesmo nesses grupos, calcula-se que menos de 4% das pessoas não tenham o antígeno Inb. "Estamos procurando doadores compatíveis no mundo inteiro", ressalta Bright.

O OneBlood está trabalhando em conjunto com outros bancos de sangue e com o American Rare Donor Program (ARDP), programa que busca doadores de tipos raros de sangue em todo o mundo. O site da organização tem informações para possíveis doadores sobre como proceder. Quem se enquadrar nas específicações e quiser ajudar poder obter mais informações no endereço abaixo:

https://www.oneblood.org/

Neuroblastoma

O pai de Zainab, Raheel Mughal, conta que ela foi diagnosticada há dois meses com neuroblastoma, câncer que costuma acometer crianças. A notícia da doença foi agravada pela constatação de que Zainab tinha um tipo de sangue extremamente raro.

"Eu e minha esposa doamos sangue. No dia seguinte, chegaram os resultados e descobrimos que não éramos compatíveis. Muitas pessoas da nossa família e amigos também doaram e não eram compatíveis", afirma o pai da menina.