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A Casa do Estudante Universitário de Curitiba (CEU) agora tem uma ala em homenagem a Enedina Marques, a primeira engenheira negra do País. O nome dela foi dado à nova biblioteca da CEU. Enedina é formada na Universidade Federal do Paraná (UFPR), e é dela o projeto da CEU. Graças a um projeto de resgate histórico conduzido pelos próprios estudantes, todos que acessarem a biblioteca Enedina Marques poderão vê-la e saber o que ela representa.

Este é o segundo ano consecutivo que a universidade celebra a história de uma de suas pioneiras. Em 2018, ela foi homenageada com uma placa no prédio administrativo do Setor de Tecnologia.

Durante a cerimônia de inauguração, prestigiada por moradores, ex-moradores da CEU, professores e servidores da UFPR, a figura de Enedina Marques foi lembrada por diversas vezes. O papel da universidade pública como lugar de diversidade e de inclusão marcou o discurso do reitor, Ricardo Marcelo Fonseca. “A universidade se transformou e não é mais apenas um lugar de elite e de gente branca. Muito ainda há de ser feito, mas o perfil mudou”, disse.

Além da biblioteca, outros dois novos espaços foram inaugurados com a parceria da UFPR: o Paulo Leminski, um jardim de inverno proposto para promover a integração dos estudantes estrangeiros, e o Luiz Carlos Borges de Oliveira, sala de informática que terá projetos com a universidade da maturidade.

“Este é um espaço de estudo, de moradia, de lazer e de vida”, disse o presidente da CEU e estudante de Direito da UFPR, Cleverton Quadros.

Além das falas e homenagens, o evento, que também marcou as celebrações do mês da Consciência Negra, contou com uma apresentações dos percussionistas da Orquestra Filarmônica da UFPR.