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O episódio envolvendo a Belorizontina, cerveja artesanal produzida pela Cervejaria Backer, em Minas Gerais, tomou o noticiário de todo o país. Até aqui, quatro mortes são suspeitas de envenenamento, mas apesar da gravidade dos fatos, a procura por cervejas nos bares de Curitiba não foi impactada.

Em nota divulgada nesta sexta-feira (24 de janeiro), o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar/SindiAbrabar), Fábio Aguayo, apontou que “a procura por nossos produtos diferenciados não teve queda no Paraná e, felizmente, não provocou impacto nas vendas do setor e nem na indústria. Os pedidos continuam regularmente e o verão nos ajuda.”

Aguayo também aponta que o caso Backer seria um modo de enfraquecer o crescimento do mercado de cervejas artesanais, que tem expectativa de triplicar seu faturamento e produção nos próximos anos. Para ele, no entanto, esse mercado não será afetado e o episódio servirá como uma espécie de aprendizado.

“A cerveja artesanal provocou uma mudança cultural no hábito do brasileiro que começou tomar cerveja de verdade. Isso contrariou a lógica e o sistema do ‘status quo’ com o que tinha por aí. Não tem mais volta”, escreveu Aguayo. “Esta repercussão é resultado desta seriedade do assunto e vai servir aos órgãos públicos para regulamentar e vigiar melhor o setor. Temos consciência de que hoje em dia muitas cervejarias estão sendo abertas e esta fiscalização vai afugentar o ‘jeitinho artesanal’.”