O Dia Mundial Sem Carro em Curitiba não passou em branco. Centenas de ciclistas atenderam ao chamado do movimento Bicicletada e do projeto Arte, Bicicleta e Mobilidade, e compareceram à marcha das 1000 bicicletas. A iniciativa de comemorar o Dia Sem Carro neste ano partiu das entidades civis, já que a Prefeitura não programou nenhuma atividade, mesmo que a data esteja incluída no calendário oficial de eventos do município por lei sancionada em 2004
O grupo de ciclistas se reuniu no final da tarde na Praça Santos Andrade, e de lá percorreria várias ruas centrais e do Centro Cívico. O Dia Sem Carro é comemorado em todo mundo e é um alerta para o uso excessivo de vaículos especialmente nas grandes cidades. Na Região Metropolitana, São José dos Pinhais também marcou a data com uma pedalada reunindo estudantes da rede municipal. No Paraná, Londrina bloqueou o tráfego de veículos em uma de suas ruas centrais durante todo o dia.

O Brasil aderiu ao Dia Sem Carro em 2001. Em Curitiba a primeira vez em que a data foi marcada com alguma atividade específica foi em 2003. Naquele ano, e nos subsequentes, sempre houve bloqueio de ruas para carros para estimular o uso de outros meios de transporte e locomoção. O Dia Sem Carro deixa de ser realziado na Capital a partir de setembro do ano passado.
Adesivos — A polícia procura os responsáveis pela colocação de adesivos sobre os semáforos no anel central. Os adesivos apareceram na manhã de ontem, e tem uma figura e bicicleta vazada sobre fundo preto. Aplicados sobre os semáforos verdes, a imagem a bicicleta ficava destacada com a luz esmeralda.
Ontem mesmo a Urbs começou a retirar os adesivos. Agentes da Diretran também orientavam a população para não adesivar as lâmpadas, uma vez que confundem os motoristas e pedestres e podem causar acidentes. Qualquer alteração em semáforos e placas de sinalização é contrária às normas de trânsito.
Estatística — De acordo com dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, 37.594brasileiros foram vítimas fatais no trânsito do país em 2009, com 679 mortes a menos que em 2008, quando foram registrados 38.273 óbitos. O levantamento do Ministério da Saúde aponta, ainda, que o número de homens que morrem no trânsito é quatro vezes maior do que o de mulheres. Em 2009, 30.631 homens (81,4%) e 6.496 mulheres (18,4%) perderam a vida no trânsito.