Arquivo Bem Paraná

Entre fevereiro e março de 2021, o custo médio da cesta básica de alimentos diminuiu em 12 cidades e aumentou em outras cinco, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 17 capitais. As maiores reduções ocorreram em Salvador (-3,74%), Belo Horizonte (-3,11%), Rio de Janeiro (- 2,74%) e São Paulo (-2,11%). As capitais com as maiores altas foram Aracaju (5,13%)  Natal (2,83%). Curitiba lidera a maior alta do País no primeiro trimestre de 2021, com aumento de 6,81%.  Em 12 meses, entre março de 2020 e 2021, o aumento em Curitiba foi 24%. 

Em março, a cesta básica na capital paranaense ficou R$ 577,17, com variação mensal de 0,77%.Os produtos com maior aumento do preço médio em relação a fevereiro foi açúcar refinado (4,02%), manteiga (2,92%), farinha de trigo (2,13%), feijão preto (1,66%), carne bovina de primeira (1,64%), óleo de soja (1,50%), café (0,73%), pão francês (0,47%), leite integral (0,25%) e batata (0,23%). Já os produtos com maior queda foram Produtos com queda do preço médio em relação a fevereiro: tomate (-3,27%) e banana (-1,51%). Os orodutos com queda do preço médio foram: café (-2,24%), e pão francês (-0,19%).

A cesta mais cara do País entre fevereiro e março foi a de Florianópolis (R$ 632,75), seguida pelas de São Paulo (R$ 626,00), Porto Alegre (R$ 623,37) e Rio de Janeiro (R$ 612,56). Entre as cidades do Norte e Nordeste, Salvador registrou o menor custo (R$ 461,28). Em 12 meses, ou seja, ao comparar o valor em março de 2020 e março de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos teve aumento em todas as capitais pesquisadas. As cidades da região Sul acumularam as maiores taxas. Em Porto Alegre, o acréscimo chegou a 25,20% e, em Curitiba, a 24,00%. Belém, no Norte do país, apresentou a terceira maior variação: 23,15%.

No primeiro trimestre de 2021, as capitais que acumularam as maiores altas foram: Curitiba (6,81%), Natal (4,09%), Aracaju (3,45%), Belém (2,97%) e Florianópolis (2,79%). A maior queda no mesmo período foi de -4,07%, em Campo Grande. Com base na cesta mais cara que, em março, foi a de Florianópolis, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.315,74, o que corresponde a 4,83 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em fevereiro, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.375,05, ou 4,89 vezes o mínimo vigente. O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em março, ficou em 109 horas e 18 minutos, menor do que em fevereiro, quando foi de 110 horas e 22 minutos. Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), nota-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em março, na média, 53,71% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em fevereiro, o percentual foi de 54,23%.