Diante da crise no setor energético, o governo de Pequim tem enfrentado desafios para apresentar os planos e metas sustentáveis na Cúpula Mundial do Clima das Nações Unidas (COP-26), que acontece a partir do próximo dia 31, em Glasgow. Enquanto o mundo cobra da China uma estratégia para acelerar o abandono de combustíveis fósseis, o país asiático vive um dilema entre atender a pressão internacional ou buscar a estabilidade no fornecimento de energia interna.

Segundo fontes, as principais declarações sobre o clima que Pequim havia planejado antes da COP-26 foram adiadas porque os líderes se preocuparam em apresentar planos climáticos ambiciosos para uma audiência global, num momento em que o país tenta garantir que haja carvão suficiente para aquecer as famílias no inverno e manter as fábricas funcionando.

Com menos de uma semana para o início da COP-26, a China publicou detalhes de seu plano para emissões de carbono. O emissário da China para a Cúpula, Xie Zhenua, contou que a estratégia seria divulgada antes, no início de outubro.

Especialistas do setor de energia dizem que a crise de eletricidade na China, a pior em duas décadas, é principalmente produto de uma má gestão dos mercados de energia pelos líderes chineses, que ignoraram os sinais de alerta de uma crise iminente. Enquanto os preços do carvão são definidos pelo mercado, os valores da eletricidade são regulados pelo Estado. Logo, nos momentos em que houve explosão dos preços globais de carvão, os custos não foram repassados aos consumidores. Fonte: Dow Jones Newswires.