SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com expectativa de crescimento de Fernando Haddad (PT) e consolidação de Jair Bolsonaro (PSL), a coligação de Geraldo Alckmin (PSDB) acertou nesta terça-feira (18) a necessidade de elevar o tom dos ataques.

Segundo relatos de participantes do encontro, até então refratário a adotar uma postura mais incisiva, o candidato concordou com a visão dos aliados de que não dá mais para manter uma fala morna.

Alckmin será mais agressivo na desconstrução de Bolsonaro, com quem sua equipe entende que ele disputa diretamente a vaga para o segundo turno.

Para tanto, baterá duro na tecla antipetista, responsabilizando os governos Lula e Dilma Rousseff pela crise no país. Pretende assim recuperar o voto conservador.

Ele já exibiu esse receituário nos últimos dias, mas seus aliados cobravam mais garra. O candidato assentiu.

Nas palavras do coordenador político da campanha, ACM Neto (DEM-BA), na saída da reunião, os dois eventos que de alguma forma travavam a disputa foram superados.

“Não dá para ficar entre a facada e a prisão”, afirmou em referência ao ataque a Bolsonaro e ao ex-presidente Lula.