O Brasil garantiu com Italo Ferreira mais um título mundial de surfe durante a disputa do Pipe Masters, no Havaí. Esta é a quarta vez que o Brasil tem um campeão mundial nos últimos seis anos. Em 2014, Gabriel Medina ganhou o troféu e repetiu a dose no ano passado. Quem também venceu foi Adriano de Souza, o Mineirinho, que conquistou a taça em 2015. Já o havaiano John John Florence brilhou e foi bicampeão em 2016 e 2017.

O ótimo momento reforça o apelido de “Brazilian Storm”, a tempestade brasileira no surfe, dado a essa geração de atletas talentosos e ousados que estão elevando o nível do Circuito Mundial. O bom momento dos competidores nacionais começou a chamar a atenção de todos há alguns anos e a cada temporada isso fica mais nítido.

Só para se ter uma ideia, dos quatro mais bem colocados no ranking mundial, três são brasileiros: Italo Ferreira, Gabriel Medina e Filipe Toledo. No ranking da divisão de acesso, cinco surfistas nacionais ficaram no Top 10: Jadson André, Yago Dora, Alex Ribeiro, Miguel Pupo e Deivid Silva. Já Lucas Vicente foi campeão mundial júnior, assim como Mateus Herdy no ano passado.

Ou seja, além de ter alguns dos melhores atletas do mundo na elite, o Brasil ainda está forte na base, com uma geração para ficar no topo por muitos anos. Aliado a isso, a Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês) abriu um novo escritório em São Paulo e tem no País seu principal mercado no mundo no momento.

Como modalidade, o surfe tem crescido no Brasil, seja na conquista de títulos, na formação de atletas e na atração de novas marcas – a empresa Havaianas acabou de se tornar patrocinadora global da WSL. A cereja no bola será a estreia do surfe no programa olímpico nos Jogos de Tóquio, em 2020. Ao que tudo indica, essa “tempestade” não é passageira.