Eletrobras

Com o agravamento da crise hídrica, o risco de apagão e a pressão de alguns setores, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu reavaliar o horário de verão, extinto pelo pelo presidente Jair Bolsonaro no primeiro ano de mandato. A pasta mantém a posição de que adiantar os relógios em uma hora têm contribuição limitada para economia de energia, mas mesmo assim pediu que Operador Nacional do Sistema (ONS) faça um novo estudo sobre o assunto.

Em nota, o MME afirmou que “tem estudado iniciativas que visam o deslocamento do consumo de energia elétrica dos horários de maior consumo para os de menor, de forma a otimizar o uso dos recursos energéticos disponíveis no Sistema Interligado Nacional (SIN)”.

A pasta sustenta que a contribuição do horário de verão para a redução do consumo é limitada, porque as mudanças de hábito da população deslocaram o pico de consumo para o período diurno. “Assim, no momento, o MME não identificou que a aplicação do horário de verão traga benefícios para redução da demanda”, escreve. Ainda assim, a pasta solicitou “recentemente” ao ONS “que reexaminasse a questão à luz da atual conjuntura de escassez hídrica, considerando os estudos já realizados”.

Em julho, entidades do setor de turismo e de restaurantes enviaram um documento ao presidente Jair Bolsonaro pedindo pelo retorno do horário de verão ainda em 2021. Os empresários acreditam que o horário de verão impacta positivamente nos negócios porque adiciona uma hora para receber turistas e clientes.