SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No novo DVD “Origens”, Paula Fernandes quer contar sua história. Segundo a mineira de 34 anos, “ninguém consegue chegar a lugar nenhum se não assume e nem sabe de onde saiu; as suas origens”.

Para homenagear seus princípios, o trabalho foi gravado em uma praça aberta ao público no município mineiro de Sete Lagoas, onde a cantora nasceu, em pleno Dia dos Namorados, 12 de junho. Supersticiosa, ela entrou com o pé direito no palco, onde ficou por mais de três horas vestindo roupas brilhantes em meio aos 15 mil fãs que a acompanhavam a gravação.

“Essa noite vai ficar para sempre na minha memória. Estar em Sete Lagoas faz toda a diferença para mim, e o DVD ‘Origens’ é um marco na minha carreira”, disse a cantora no dia da gravação. “Passa um filme na minha cabeça. […] Meu diferencial sempre foi ser uma artista de verdade, original. Faço o que eu gosto, canto o que eu componho e acho que é a minha missão”.

Com a “sensação de missão cumprida”, após mais de seis meses de preparação, Paula diz que sente orgulho de estar fortalecendo a cultura mineira ao carregá-la pelo Brasil. “Levar o nome de Sete Lagoas é o grande prazer da minha vida”, afirma.

A ideia para o projeto, desde o início, era mesclar a modernidade com a essência que a cantora carrega desde pequena. Para isso, ela cantou desde músicas antigas que marcaram sua carreira, até sucessos atuais como “Medo Bobo”, de Maiara e Maraísa.

“As minhas canções me refletem. Nem todas são autobiográficas, mas garanto que sinto o amor daquela maneira. […] O amor é a resposta para tudo, é o que vai salvar todo mundo”, diz. “São letras fáceis, com profundidade, que é o meu diferencial. Sempre acreditei na mensagem. Acho que pra cantar música alegre, não precisa falar bobagem. E eu tenho uma preocupação muito grande principalmente para o meu público infantil, porque sou uma referência para eles”.

As músicas não foram todas entoadas sozinhas: o paulista Gustavo Mioto, 22, entrou no palco para cantar uma canção inédita com Paula, “Não Te Troquei Por Ela”. Segundo ele, a parceria surgiu no primeiro encontro dos dois pessoalmente. Ela o convidou e ele aceitou “na hora”.

A música foi gravada sem ter sido ensaiada antes pelo dois juntos. “O ensaio vai ser ali, já valendo. Acho que é mais emocionante, dá mais adrenalina. Se eu errar, 7.000 pessoas vão ver. É mais legal”, disse ele, momentos antes da gravação.

Já a ausência de Luan foi pouco sentida na versão em português de “Shallow Now”. O público cantou em coro com Paula três vezes para a gravação e, em uma delas, gritou por alguns segundos “Chupa, Luan”. “O coral mais afinado do mundo, o melhor Bradley Cooper que eu poderia ter”, disse Paula na ocasião.

Outra participação foi a da dupla César Menotti e Fabiano, seguida da com a cantora paulista Kell Smith, 26. Segundo Smith, a amizade com Paula veio da música e “foi a melhor surpresa dos últimos tempos”. “Ela é uma pessoa incrível, de uma essência simples e deliciosa”, diz.

Juntas, as duas cantam “Prometo”, música escrita pela paulista. Mas não é a primeira vez que elas trabalham juntas: desde o início da carreira, Smith escreve músicas para a mineira, – inclusive, está por trás da letra de “Porque a resposta é o amor”, que Paula canta sozinha no novo DVD.

“Penso muito que o universo não une pessoas, une propósitos […] Quando percebi que ela tinha o mesmo apetite para falar o que ela acredita, deu essa liga”, diz a cantora sobre Paula. “Nós duas escrevemos o que a gente acredita”.

Já Paula comemora que possa dividir o palco com mais mulheres: “Quando eu cheguei [ao ambiente musical], era realmente dominado por duplas masculinas e eu ralava para oferecer meus trabalho. ‘Mais uma mulher? Não’. E eu sei da dificuldade”, diz. “[Recentemente] Comecei a ver que tinham novas garotas cantando. É a mudança de uma era. Imagina o orgulho que eu tenho de ter sido referência”.

Além da música, Paula experimenta diferentes áreas fora dos palcos. Com uma veia forte para a arte, ela já atuou, escreveu e revela que gosta de usar o tempo livre para bordar. O próximo item da lista, segundo ela, é ser mãe, embora a mineira não tenha planos de ter filhos tão cedo. “Tem muito show para fazer ainda. Muitos lugares do Brasil para conhecer. Meu objetivo agora é levar ‘Origens’ para o Brasil e mundo afora”, diz.