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A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba confirmou, nesta terça-feira (27), mais três casos importados de sarampo no município, totalizando quatro registrados na capital até o momento – o primeiro foi divulgado na última semana, no dia 20/8. Diante do avanço da doença, a Prefeitura decidiu reativar o Comitê Municipal de Resposta às Emergências em Saúde Pública, extinto em 2015, para acompanhar emergências epidemiológicas de natureza infecciosa, desastres de origem natural ou por ação humana e outras situações de risco para a saúde pública em Curitiba.

No início da manhã desta terça, a secretaria anunciou o segundo caso: um morador de Curitiba, de 22 anos, sem registro anterior da doença que contraiu sarampo há cerca de um mês, durante viagem a São Paulo. No início da tarde, a SMS recebeu os resultados de exames de sangue com a confirmação de outros dois casos que estavam em investigação. Todos estes exames foram realizados pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen), administrado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.

O terceiro caso é de um rapaz, de 21 anos, ex-morador de São Paulo, que se mudou para Curitiba no início do mês de agosto. Segundo relato do paciente, os sintomas iniciaram na segunda semana de agosto. O quarto caso é de um homem, de 44 anos, que relatou ter viajado, em carro próprio, para o estado de Santa Catarina na primeira semana de agosto. Os sintomas iniciais foram observados, na terceira semana de agosto.

Nos quatros casos confirmados até o momento, os pacientes já estão em casa, retornaram as suas atividade normais, sem risco de transmissão da doença. Não há relação entre os quatro casos, conforme relatos dos pacientes – a doença teria sido adquirida em localidades e ocasiões distintas. “Como os quatro pacientes são adultos, reforçamos a necessidade que todos verifiquem se a carteira de vacinação está atualizada, com todas as doses recomendadas da vacina contra o sarampo”, afirma a médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Marion Burger.

De acordo com Marion, assim que os casos suspeitos são comunicados à Secretaria, e com base nas informações fornecidas pelos pacientes, as medidas de bloqueio são realizadas (vacinação preventiva das pessoas que tiveram contato com o paciente no ambiente de trabalho, estudo, lazer, familiar e serviços de saúde).

Comitê emergencial
Nesta terça, na sala de convenções da SMS, cerca de 80 representantes de mais de 40 instituições governamentais e não governamentais se reuniram para falar sobre o impacto dos primeiros casos de sarampo na cidade. “É importante dizer que não há surto de sarampo em Curitiba, mas estamos permanentemente em alerta. Vamos nos reunir sempre que necessário”, disse a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.

O comitê vai trocar informações, criar e ajustar estratégias e estudar a tomada de ações para evitar o avanço da doença no município, onde quatro casos – importados – foram confirmados até agora, depois de 21 anos sem registro da doença.

WhatsApp
A SMS também criou um canal de informações no aplicativo de mensagens WhatsApp para esclarecer outras dúvidas sobre o sarampo. Basta acessar o https://api.whatsapp.com/send?phone=5541998762903&text=Sarampo.

Quadro
Quem deve se vacinar?
Pessoas de 1 a 49 anos de idade. Quem não tem certeza se já tomou a vacina do sarampo no passado ou se tem o esquema vacinal completo, pode ser vacinado novamente
Uma nova recomendação do Ministério da Saúde orienta que as crianças de 6 a 11 meses de idade recebam uma dose extra desta vacina. A dose da vacina contra o sarampo nessa faixa etária, porém, não será considerada válida para fins do Calendário Nacional de Vacinação da Criança. As crianças de 6 a 11 meses que forem vacinadas neste momento precisarão também receber depois as duas doses previstas no calendário de rotina, aos 12 meses e 15 meses. Essa dose adicional para bebês de 6 a 11 meses conferem imunidade temporária e não para toda a vida. Por isso é necessário fazer as doses de rotina depois.
Para saber se precisa tomar a dose, é preciso verificar a situação vacinal Quem está com o esquema vacinal completo, não precisa repetir a dose.
Onde se vacinar em Curitiba?
Em 110 Unidades Básicas de Saúde da cidade. A vacinação não é realizada nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), que, como o nome indica, são locais de atendimento de urgências e emergências médicas