Franklin de Freitas – Athletico campeão da Copa Sul-Americana 2021

O ano de 2021 jamais será esquecido pela torcida do Athletico Paranaense. Seja pela conquista histórica da Copa Sul-Americana, seja pelo luto.

Em 7 de novembro, o clube se despediu do maior jogador da sua história. Barcímio Sicupira Junior morreu em Curitiba, aos 77 anos. Maior artilheiro do Athletico nos 97 anos de existência do clube, com 157 gols, Sicupira defendeu o Furacão em oito temporadas, a partir de 1968.

Nos gramados, o time honrou a tradição vencedora do ídolo. Na Copa Sul-Americana, o Athletico conquistou o título ao vencer o Bragantino, na decisão em jogo único, em Montevidéo. O gol de Nikão, com um belo voleio, virou o símbolo da conquista e consagrou o maior jogador da ‘Era Petraglia’, iniciada em 1995.

Com o troféu, o Athletico passou a ser o maior campeão da história da Sul-Americana, criada em 2002. O clube paranaense tem dois títulos, assim como Boca Juniors (Argentina) e Independiente (Argentina).

Além da Sul-Americana, o Athletico apostou tudo na Copa do Brasil em 2021. A comissão técnica chegou a usar escalações alternativas em vários jogos da primeira divisão, tudo para ter força máxima nas competições de mata-mata. Na Copa do Brasil, o time chegou até a final, perdendo para o espetacular Atlético-MG de Cuca, Hulk, Zaracho, Diego Costa, Arana, Nacho Fernández e Vargas.

Se a derrota foi dolorida em campo – 4 a 0 no Mineirão e 2 a 1 na Arena —, fora dele a competição rendeu lucro histórico. Na soma de todas as competições, o Athletico arrecadou R$ 88 milhões em 2021 (R$ 37 milhões na Sul-Americana, R$ 38,1 milhões na Copa do Brasil e R$ 12,8 milhões no Brasileiro. Na Série A, o clube ficou entre os cinco primeiros nas nove primeiras rodadas, com o time titular em campo. Depois, com o início das copas e as escalações alternativas, caiu na tabela e terminou em 14º lugar.

No Paranaense, o Athletico novamente usou aspirantes em algumas rodadas e os titulares em jogos pontuais. O time caiu na semifinal, eliminado pelo FC Cascavel. A eliminação aumentou o desgaste do técnico português António Oliveira, que estava desde o início da temporada. Ele saiu em 9 de setembro. Alberto Valentim assumiu em 1º de outubro e comandou o time na reta final.