SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Como a Netflix, a Amazon Prime e a Globoplay, entre outras, a YouTube Originals investe em suas próprias produções. Quem gosta de ficção científica pode começar a se deliciar com a série americana “Origin”, que traz os atores Tom Felton e Natalia Tena, que foram respectivamente, Draco  Malfoy e a ninfadora Thonks na franquia de filmes “Harry Potter” (2001-2011).


Natalia também viveu a selvagem Osha até a sexta temporada de “Game of  Thrones” (HBO). Já o inglês Fraser James, um dos mais experientes, passou pela versão britânica da série “Lei & Ordem” e pelo elenco de “Residente Evil: O Capítulo Final” (2016). Aliás, a direção dos dois primeiros episódios é de Paul W.S. Anderson, da franquia “Resident  Evil”. E os produtores da série são os mesmos da premiada “The Crown”.


A mistura de nacionalidades da série também chama a atenção, como ocorreu com “Sense8”, da Netflix. Na produção do YouTube, há cenas no Japão, África, Irlanda, Estados Unidos, Alemanha e França. Na história, cada personagem, de nacionalidade diferente, ocupa uma nave a caminho de um planeta chamado Thea. A missão deles é colonizar o novo mundo como parte da experiência de uma empresa privada de tecnologia.


Há um alienígena que começa a contaminar os tripulantes sim, como na maioria dos filmes do gênero, mas as histórias pessoais de cada passageiro prende o espectador. Todos eles são pessoas que fugiram de seus passados obscuros na Terra, maior parte deles, um criminoso. Entrar na nave foi uma forma de ganhar o perdão por seus crimes.


A boa atuação dos personagens principais e a dose de suspense -não é possível saber quem é o real inimigo na nave- garante um ótimo desempenho da série na plataforma de streaming. O último episódio, por exemplo, já deixa o espectador com vontade de ver a segunda temporada -YouTube ainda não confirmou a sequência.


Se as principais plataformas de vídeos e filmes dão um mês grátis para experimentar o serviço, o YouTube pega em cheio quem assiste a um dos capítulos de qualquer uma das séries disponíveis. Para continuar a ver a produção, é preciso pagar a mensalidade de R$ 20,90, que torna o usuário Premium.


Há alguns incômodos. A legenda é no estilo YouTube, ou seja, é mais um “closed caption” que “lê” sons e não traz uma versão muito boa dos diálogos. A plataforma também falha com frequência ao indicar o ponto no qual o espectador parou de assistir, o que funciona melhor nas plataformas concorrentes.


Ainda há poucos dados sobre o sucesso do YouTube Orginals que chegou a outros países fora dos Estados Unidos só em julho do ano passado. Como nos vídeos de músicas e de youtubers, é possível ver que mais de 17 milhões de pessoas já viram o primeiro episódio de “Origin”.


Ainda não sabemos, por exemplo, quantos espectadores persistiram a ver a série e se tornou assinante da nova ferramenta. É só aguardar e ver como o YouTube Originals vai se comportar por aqui.