Divulgação/Assessoria de imprensa

Com a epidemia do COVID-19, a utilização do álcool em gel se tornou parte da rotina de pessoas de todas as idades. Por ser altamente inflamável, o produto não deve ser utilizado sem alguns cuidados importantes. O uso exagerado do álcool em gel e o contato com o fogo podem ocasionar queimaduras graves.

“As pessoas tendem a usar o produto em excesso e depois esquecem que passaram. Esse é o jeito mais fácil de se queimar, pois com o esquecimento as pessoas vão para a cozinha e acendem o fogão, acendem cigarros, mexem com fontes de calor diversas e nestes momentos as queimaduras acontecem”, conta Cynthia Veiga, enfermeira especialista em queimaduras e consultora da Vuelo Pharma.

Outro efeito da pandemia é a proliferação de “receitas” de álcool em gel, cuja produção caseira é proibida pelos órgãos sanitários, pois aumentam a possibilidade de queimaduras devido ao manuseio sem técnica de componentes químicos.

“O ideal é comprar sempre o álcool em gel industrializado ou manipulado em farmácias, pois foi acompanhado por um responsável técnico, seja químico, engenheiro químico ou farmacêutico. Os usuários também devem comprar em estabelecimentos comerciais, e não de qualquer pessoa, e jamais comprar fracionado. Para o leigo é complicado diferenciar um produto adulterado, falsificado ou com álcool com menor concentração”, explica Mailson Matos, engenheiro químico e doutorando em Engenharia e Ciência dos Materiais da Universidade Federal do Paraná.

Segundo o engenheiro, além de não propiciarem o efeito necessário, as receitas caseiras que estão na internet podem criar o ambiente para o crescimento de microrganismos que desencadeiam doenças.

“As queimaduras de álcool em gel são invisíveis, geram vermelhidão, ardor e muitas vezes as pessoas só percebem depois que aconteceram. O principal é sempre colocar o local queimado em água corrente, nada de passar manteiga, pasta de dente ou qualquer outro produto. Nos casos mais graves, procurar atendimento médico é essencial”, finaliza Cynthia Veiga. A especialista reitera que ao ficar em casa, o ideal é lavar as mãos com água e sabão, combinação que elimina o vírus. Outra recomendação é a utilização de cremes à base de glicerina para hidratar as mãos, já que o uso excessivo de álcool em gel pode ressecá-las.

Em casos de queimaduras de segundo grau, em que há perda da primeira camada da pele, ela recomenda o uso da Membracel, uma membrana de celulose cristalina capaz de substituir temporariamente a pele. “É um curativo biocompatível, atóxico e textura extremamente fina. Ela reduz a dor através do isolamento das terminações nervosas e acelera o processo cicatricial”, explica.