A Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou que, nos próximos dias, vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o tabelamento do frete para transporte rodoviário de cargas. A noticia está publicada no site da instituição e informa ainda que o instrumento de contestação deve ser uma Ação Direta de Insconstitucionalidade (ADI) para questionar a Medida Provisória 832, que estabeleceu os preços mínimos obrigatporios de cobrança de frete.

“O tabelamento é insustentável, porque provoca prejuízos extremamente danosos para a economia, especialmente para o setor produtivo, e para a população”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. “Além disso, a fixação de preços mínimos infringe o princípio da livre-iniciativa e é ineficaz”, acrescenta.

A discussão iniciada na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), na última sexta-feira, 8, será retomata nesta segunda-feira, 11, quando representantes dos caminhoneiros voltam a discutir a tabela com os preços mínimos de fretes para o transporte rodoviário. 

Nova greve

A possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros volta a assombrar o País. A categoria tem acompanhando as negociações e promete reagir a qualquer ação que consiga derrubar a tabela do frete.

Aumento do Frete

Na semana passada, a CNI estimou que, com o tabelamento, os fretes podem sofrer aumentos médios entre 25% e 65%. O transporte de arroz pelas estradas custará, segundo a CNI, 35% a 50% a mais no mercado interno, chegando a dobrar de preço no caso das exportações. Na indústria de aves e suínos, o impacto do tabelamento do frete rodoviário foi calculado em 63%. O frete de rações tenderia a aumentar mais de 80%.