Candidatos acenam com fortalecimento de hospitais regionais

A saúde é apontada nas pesquisas como a principal preocupação dos brasileiros e paranaenses. Entre os problemas que os candidatos terão que enfrentar estão a dificuldade de acesso a atendimento especializado, em especial no interior do Estado, o que leva muitas pessoas a viajarem grandes distâncias em busca do serviço em Curitiba, no que já ficou famoso como o “passeio de ambulâncias”, em direção à Capital. 
Por isso, boa parte dos concorrentes ao Palácio Iguaçu acenado com o fortalecimento dos hospitais regionais. Os candidatos também falam em avançar no processo de informatização do setor para tornar o atendimento mais ágil, o que esbarra, porém, na falta de recursos. Conheça abaixo os principais pontos dos planos deles para o setor. 


Ratinho Júnior (PSD)

Melhorar e ampliar o acesso aos atendimentos especializados, como consultas e exames, com uso de de recursos tecnológicos para diagnóstico e tratamento. Melhorias na Rede de Urgência e Emergência como o SAMU, SIATE, Unidades de Pronto Atendimento e hospitais. Redução dos indicadores de mortalidade abaixo de 10/1000 nascidos vivos. Aprimorar e consolidar a Rede de Atenção à Saúde Mental e a Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência. Implantação da Rede de Atenção à Pessoa Idosa. Fortalecimento da regionalizção e dos consórcios intermunicipais. 


Cida Borghetti (PP)

Investir na saúde preventiva. Aumentando a oferta de serviços. Ampliar a oferta de consultas e exames especializados. Aumentar o número de leitos de internamento, de UTI, cirúrgicos e de cuidados continuados prolongados, evitando que as pessoas precisem se deslocar em busca de atendimento  médico, ampliando também o número de cirurgias  a serem realizadas em todo Paraná. Viabilizar meios para garantir assistência de forma ágil, adequada e integral na, utilizando serviços regionais de urgência e emergência e o transporte aeromédico estadual. 


João Arruda (MDB)

O plano de governo do candidato do MDB tem como um de seus eixos “vida com mais saúde – rápida e sem distância”. E diz que “de imediato é necessário propiciar o atendimento com qualidade em áreas essenciais para a população, como a saúde”. 


Dr Rosinha (PT)

Garantir no mínimo 12% das receitas para a saúde. Implementar programa de Economia. Acabar com as filas. Programa de informatização para que todas as unidades da rede do SUS estejam interligadas em tempo real com Centrais de Regulação. Valorização dos Profissionais da Saúde. Incentivar a fixação de profissionais nas regiões mais necessitadas; Polo Tecnológico em Saúde. Apoio técnico e cogestão de consórcios intermunicipais. Criar a Força Estadual de 
Saúde para fortalecer vigilância. Regionalização: rever a distribuição e os limites das atuais Regionais de Saúd. Telessaúde PARANÁ. Serviços do SUS serão interligados por internet com Banda Larga.


Jorge Bernardi (Rede)

Disponibilizar check-up anual, à população adulta de menor renda com um pacote mínimo de exames. Criar uma rede de saúde básica, envolvendo preferencialmente os egressos de cursos de graduação da área de saúde das faculdades públicas estaduais. Implantar a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do SUS (medicina tradicional chinesa, Acupuntura, Homeopatia, Fitoterapia e outras 25 práticas). Programa médico especialista. Programa de tratamento e internamento aos dependentes químicos em cada microrregião Programa Hospital Sustentável. 


Ogier Buchi (PSL)

Fortalecer a atuação do estado na área da saúde, em especial nos consórcios intermunicipais. 


Professor Piva (PSOL)

Denunciar todas essas formas de privatização e terceirização. Fortalecer os Centros de Referência Especializado em Saúde do Trabalhador. Capacitação de trabalhadores da saúde. Criar uma empresa pública de produção de medicamentos. Construção de hospitais regionais para evitar a superlotação dos maiores hospitais, permitindo que estes se concentrem nos atendimentos de maior complexidade.  Reverter o sucateamento da Escola de Saúde Pública (ESP). Investir na formação de profissionais de saúde e capacitações específicas em saúde da população LGBT,  negra, da mulher. Política rígida em relação ao orçamento da saúde, sem desvio de recursos.  Contratação de profissionais por concurso público e esvaziamento da FUNEAS (uma Fundação Estatal de Direito Privado recém-aprovada). 


Ivan Bernardo (PSTU)

O programa do candidato do PSTU tem três menções à questão da saúde. Diz que “só é possível garantir emprego, salário, saúde, moradia, acabar com as opressões, com a violência e com a corrupção, tomando medidas antiimperialistas e anticapitalistas”. Defende “saúde, transporte e educação públicos, gratuitos e de qualidade; moradia e saneamento básico para todos”. E afirma que a candidata a vice, Carminha Moreira,” moradora da região metropolitana de Curitiba, em Colombo, é mulher negra, trabalhadora do Hospital de Clínicas e esteve junto com sua categoria de terceirizados nas lutas contra todos os ataques dos governos Lula, Dilma e Temer à saúde pública”. 


Priscila Ebara (PCO)

O programa da candidata do PCO defende o que chama de “desmantelamento de toda a rede de esterilização e punição dos responsáveis pelo assassinato de mulheres em verdadeiros açougues em que se constituíram a maioria das clínicas de aborto; liberdade para a mulher decidir sobre seu corpo com a legalização do aborto e sua realização, em condições dignas, pela rede pública de saúde”, e em “estatização da saúde”. 


*O candidato Geonísio Marinho (PRTB) não entregou o plano de governo à Justiça Eleitoral.