Presente nos mais diversos segmentos, os consórcios, como alternativa planejada para aquisição de bens móveis e imóveis e na contratação de serviços, apresentaram saldos altamente positivos, indo na contramão do cenário econômico.

Nos doze meses do ano passado, o Sistema de Consórcios reafirmou sua postura de importância na economia brasileira com expressiva contribuição para o aquecimento dos negócios nos setores industrial, de comércio e de serviços.

“No balanço anual, a modalidade bateu recordes históricos e demonstrou sua capacidade de crescer além das expectativas, quando comparada a outros setores”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.

Um exemplo pode ser observado no setor das duas rodas, onde a média mensal de contemplações proporcionou potencial aquisição de uma moto a cada duas comercializadas no mercado interno. Também no segmento automotivo, a presença consorcial esteve potencialmente em um a cada três veículos leves vendidos no país.

No segmento de veículos pesados, o consórcio mostrou sua importância ao propiciar, de forma econômica e planejada, a aquisição de caminhões, máquinas agrícolas e implementos rodoviários. Potencialmente, um a cada quatro caminhões negociados foram adquiridos por consórcio, ampliando ou renovando as frotas no setor de transportes. O agronegócio, fundamental para a economia nesse período de pandemia, também pôde contar com as vantagens do sistema para a aquisição de máquinas e equipamentos.

“Além de atender os objetivos pessoais, familiares, profissionais e empresariais, o Sistema de Consórcios provou estar, cada vez mais, presente na cultura financeira do consumidor”, esclarece Rossi. “Ao ampliar os conhecimentos sobre educação financeira, o brasileiro tem procurado praticá-los, gerindo as finanças com responsabilidade, sem extravagâncias ou imediatismos, tornando sua vida financeira mais tranquila ao adquirir bens ou serviços de forma planejada e com custos mais baixos”, completa.

De janeiro a dezembro, o acumulado de vendas atingiu 3,46 milhões de novas cotas, recorde histórico, com crescimento de 14,6% sobre as 3,02 milhões de adesões de 2020. Os negócios também bateram recorde, ao alcançar a marca dos R$ 222,26 bilhões, 35,8% acima dos R$ 163,63 bilhões apurados no mesmo período do ano anterior. Ao registrar crescimentos e recordes ao longo de 2021, o total de consorciados ativos encerrou dezembro com 8,37 milhões de participantes, 6,9% maior que os 7,83 milhões verificados naquele mesmo mês em 2020.

Em paralelo, o acumulado de consorciados contemplados chegou a 1,40 milhão, 15,7% acima das 1,21 milhão verificadas em 2020. Estas contemplações totalizaram R$ 65,72 bilhões em créditos, potencialmente injetados na economia para aquisição de bens e contratação de serviços, 24,8% superior aos R$ 52,64 bilhões de um ano antes.

O tíquete médio de dezembro foi R$ 67,64 mil, o segundo maior do ano, anotando alta de 27,8% sobre o valor de R$ 52,93 verificado em 2020, ratificando o interesse do consumidor e provocando crescimento dos negócios realizados em 2021.

Ao projetar os negócios para este ano, o presidente da ABAC comentou que “em 2022, ano em que o consórcio completa 60 anos, poderemos, apesar das turbulências de um ano eleitoral, repetir o bom desempenho alcançado em 2021. Enquanto as boas perspectivas apoiam-se no crescente aumento de conhecimento do consumidor sobre educação financeira, a expectativa é que o planejamento seja incorporado na rotina do brasileiro. Importante lembrar que, apesar das projeções para 2022 indicarem recuo nos índices inflacionários, ainda assim teremos patamares relativamente altos de inflação, o que mantém o consumidor mais cauteloso ao adquirir bens e serviços”.

Durante 2021, a participação dos consórcios na economia brasileira pode ser avaliada pelos totais de créditos concedidos e potencialmente inseridos, por exemplo, nos mercados automotivo e imobiliário. No acumulado do ano o Sistema de Consórcios assinalou 33,8% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. Enquanto no setor de motocicletas, houve 51,9% de potencial participação no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 26,2%, no mesmo período.

No segmento imobiliário, de janeiro a novembro, as contemplações representaram potenciais 9,6% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios.

Do acumulado anual de 3,46 milhões de adesões, a distribuição setorial ficou assim: 1,45 milhão de adesões de veículos leves; 1,12 milhão de motocicletas; 496,95 mil de imóveis; 182,60 mil de veículos pesados, 129,66 mil de eletroeletrônicos; e 82,04 mil de serviços. A média mensal de 288,67 mil, anotada nos doze meses, foi 14,7% acima da verificada no mesmo período de 2020, quando chegou a 251,67 mil vendas.

Esse bom desempenho verificado nas adesões, gerou negócios que somaram, de janeiro a dezembro, R$ 222,26 bilhões, dos quais R$ 19,92 bilhões foram acrescentados no último mês, o que corresponde a alta de 52,1% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando atingiram R$ 13,10 bilhões.

Nos 8,37 milhões de participantes ativos, a modalidade registrou alta de 51,3% nos eletroeletrônicos e outros bens duráveis; 22,6% nos serviços; 21,6% nos veículos pesados; 13,4% nos imóveis; 3,7% nos veículos leves; e 3,2% nas motocicletas.

Entre os acumulados de novas cotas comercializadas dos doze meses, nos últimos dez anos, pode-se constatar que o de 2021, com 3,46 milhões de adesões, foi recorde histórico e o melhor da década.

O número de 1,40 milhão de consorciados contemplados em 2021 foi o segundo melhor patamar verificado desde 2012, ficando praticamente empatado com o 1,41 milhão de 2015.

No total de consorciados contemplados de janeiro a dezembro – 1,40 milhão -, estão incluídas as 599,44 mil cotas de motocicletas; 585,19 mil de veículos leves; 85,44 mil de imóveis; 50,62 mil de veículos pesados; 47,14 mil de serviços; e 33,06 mil de eletroeletrônicos. A média mensal chegou a 116,67 mil, 15,7% acima do atingido no ano passado, com 100,83 mil contemplações.

No encerramento de 2021, o Sistema de Consórcios atingiu 8,37 milhões de participantes ativos, um dos mais altos registrado nos 59 anos de história.

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