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O líder norte-coreano Kim Jong Un disse que seu país não se sente mais obrigado a manter sua ‘moratória’ para testes de armas nucleares e mísseis balísticos de longo alcance, diante do paradoxo que tem sido o diálogo nuclear internacional.

Durante uma reunião do partido que compõe o governo norte-coreano, Kim disse que o mundo testemunharia uma “nova arma estratégia” diante da pressão de “gângsteres” exercida pelos Estados Unidos. Kim, no entanto, não deu nenhuma indicação clara de que a retomada dos testes nucleares seria iminente, deixando a porta aberta para possíveis negociações.

Estima-se que o arsenal da Coreia do Norte inclua entre 40 e 50 bombas nucleares e vários sistemas balísticos, incluindo mísseis projetados para evitar sistemas de defesa antiaérea e ICBMs (míssil balístico intercontinental) que possam chegar ao território dos Estados Unidos.

As declarações de Kim, publicadas quarta-feira na mídia estatal, foram feitas durante uma importante reunião de quatro dias do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores. A cúpula ocorreu após o fracasso das conversas entre Washington e Pyongyang devido a divergências sobre as etapas do desarmamento e retirada de sanções.

Kim declarou que a Coreia do Norte nunca vai renunciar à sua segurança em troca de benefícios econômicos, em face do que descreveu como “hostilidade crescente e ameaças nucleares dos Estados Unidos”.