Valquir Aureliano

Não foi desta vez que o Coritiba conseguiu acabar com o jejum de três anos e meio sem conseguir emplacar uma sequência de quatro vitórias consecutivas. Jogando no Serra Dourada contra o Vila Nova na tarde deste sábado (19 de outubro), a equipe comandada por Jorginho teve um desempenho fraco e cometeu erros individuais imperdoáveis. Chegou a estar perdendo por 2 a 0, gols marcados por Gustavo Henrique e Ramon na etapa inicial. Mas já no final do jogo, com gols aos 35 e aos 48 minutos do segundo tempo, o time paranaense buscou um empate heroico, garantindo um importante ponto num golaço de falta marcado por Giovanni, já nos acréscimos.

Agora com 47 pontos, o Coxa consegue se segurar no G4 da Segunda Divisão com um jogo a menos em relação aos rivais. O América-MG, que venceu há pouco o Oeste por 1 a 0 jogando na Arena Barueri, também soma 47 pontos, mas leva desvantagem no saldo de gols: 7 contra 6.

Já o Tigre alcança os 31 pontos e permanece na zona de rebaixamento, em 17º lugar, dois pontos atrás do Vitória.

O Coritiba volta a campo na próxima quinta-feira, quando recebe o Operário no Couto Pereira, às 21h30. Já o Vila Nova joga na sexta contra o Bragantino no Estádio Nabi Abi Chedid.

ESTREANTE

O jogo deste sábado marcou a estreia do técnico Itamar Schulle no comando da equipe goiana. Ele é conhecido do torcedor paranaense por seu trabalho no Operário de Ponta Grossa, em 2015, quando comandou a equipe do Fantasma que se sagrou campeã Paranaense detonando o Coritiba na final: vitória por 2 a 0 no Estádio Germano Kruger na partida de ida e goleada por 3 a 0 no Couto Pereira no jogo de volta.

ESCALAÇÕES

No Coritiba, o técnico Jorginho contou com o retorno de Robson, que entrou na equipe titular no lugar de Rafinha, suspenso por ter levado o terceiro cartão amarelo. Na lateral-direita, Felipe Mattioni substituiu Diogo Mateus, também suspenso.

Já o técnico Itamar Schulle resolveu fazer importantes mudanças no desenho tático do Tigre logo em sua estreia no comando da equipe. Na parte tática, abandonou o esquema com três zagueiros, reforçando o meio de campo – Diego Jussani deixou o onze inicial para a entrada do meio-campista Tinga. No ataque, Erick ficou com a vaga de Bruno Mezenga, suspenso.

O JOGO

A partida começou com o Coxa marcando forte em seu próprio campo, mas apresentando grande dificuldade na saída de bola e construção de jogadas. O Vila Nova, por outro lado, tinha mais tempo de posse de bola e também ficava mais tempo no campo do adversário.

Para chegar ao gol, o time mandante apostava nas bolas aéreas. Criou a primeira chance logo aos 2 minutos, em cabeceio de Erick que passou ao lado do gol. Na oportunidade de seguinte, não desperdiçou. Depois da cobrança de falta precisa de Alan Mineiro (que deixaria o campo lesionado, aos 31 minutos), Gustavo Henrique se antecipou à defesa para anotar de cabeça: 1 a 0.

Com o placar aberto, a partida ficou mais lenta, monótona. Isso até o 34º minuto, quando o Coritiba teve sua primeira oportunidade de gol, em cabeceio de Rodrigão. No lance seguinte, porém, Vitor Carvalho protagonizou uma falha grotesca na entrada da área e, na prática, entregou um gol para o Tigre, convertido pelo meio-campista Ramon: 2 a 0.

Na volta do intervalo, as duas primeira substituições de Jorginho: saíram os volantes Matheus Sales e Vitor Carvalho e entraram os meia-atacantes Giovanni e Nathan. O Coxa iria para o tudo ou nada – aos 25, ainda foi vez de Kelvin substituir Thiago Lopes.

Já na reta final da partida, a esperança coxa-branca foi reacendida: aos 35, Sabino, em novo cabeceio, descontou o placar. E quando a partida já se encaminhava para seu desfecho, Robson conseguiu uma preciosa falta perto da área. Na cobrança, Giovanni foi cirúrgico e garantiu o empate heróico que mantém o Coxa dentro do G4.

FICHA TÉCNICA

VILA NOVA 2 X 2 CORITIBA

Vila Nova: Rafael Santos; Jeferson, Wesley Matos, Patrick Marcelino e Gastón Filgueira; Magno (Elias), Ramon, Tinga e Alan Mineiro (Capixaba); Erick e Gustavo Henrique (Edinho). Técnico: Itamar Schülle
Coritiba: Alex Muralha; Felipe Mattioni, Romércio, Sabino e William Matheus; Vitor Carvalho (Nathan) e Matheus Sales (Giovanni); Thiago Lopes (Kelvin), Juan Alano e Robson; Rodrigão. Técnico: Jorginho
Gols: Gustavo Henrique (9-1º), Ramon (35-1º), Sabino (35-2º) e Giovanni (48-2º)
Cartões amarelos: Capixaba (V); Matheus Sales, Sabino (C)
Árbitro: Roger Goulart (RS)
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia, sábado, às 16h30

PRINCIPAIS LANCES

Primeiro tempo

2 – Jeferson dispara pela direita, avança até perto da área e cruza na segunda trave para Erick. O atacante chega cabeceando e manda ao lado do gol.

9 – Gol do Vila Nova! Cobrança de falta da intermediária com Alan Mineiro. Ele manda a bola para a área, Gustavo Henrique se antecipa ao marcados e dá uma casquinha na bola para matar o goleiro.

34 – Juan Alano avança pela direita e cruza para Rodrigão, que cabeceia meio desequilibrado. Rafael Santos trabalha pela primeira vez e faz a defesa.

35 – Gol do Vila Nova! Vitor Carvalho recebe a bola perto da área, se atrapalha na hora de sair jogando e é desarmado por Ramon. O jogador do Vila Nova fica na cara do gol e não desperdiça.

40 – Bola trabalhada de pé em pé perto da área. Matheus Sales toca para Mattioni invadir a área e chegar batendo cruzado, perto do gol.

Segundo tempo

2 – Thiago Lopes erra na saída de bola e entrega para Gustavo Henrique. O atacante disparada em direção ao gol e é derrubado próximo da área. Na cobrança, a zaga do Coxa afasta o perigo.

23 – Cobrança de falta da intermediária do Vila Nova. Wesley Mattos consegue o cabeceio mesmo e costas para o gol e Alex Muralha cai para defender.

34 – Felipe Mattioni supera um marcador, invada área pela direita e prepara para cruzar. Na hora H, porém, Gastón Filgueira trava o passe e corta o lance.

35 – Gol do Coritiba! Cobrança de falta de William Matheus pela direita, perto da área. Ele levanta a bola na área e Sabino sobe mais que todo mundo para marcar de cabeça.

48 – Gol do Coritiba! Cobrança de falta da entrada da área. Giovanni chuta forte e acerta uma bomba no ângulo de Rafael Santos, que não teve nem chance de defender.