Geraldo Bubniak – Coritiba x Brasil-RS

O Coritiba é o clube que acumulou o maior prejuízo com bilheterias na Série B de 2018. Após três partidas no Couto Pereira, registrou R$ 132 mil negativo na soma dos borderôs — documento oficial que traz os detalhes da arrecadação e de algumas despesas relativas à partida. 

Entre os 20 clubes da segunda divisão nacional, só três tiveram prejuízo até agora. Os outros dois são o Sampaio Corrêa (R$ 13 mil) e o Oeste (R$ 47 mil).

No caso do Coritiba, a explicação está na maneira como os sócios são contabilizados. No borderô, os associados contam como público pagante, mas não somam para a arrecadação, já que não pagam ingresso. No último jogo no Couto, contra o Brasil-RS, o Coxa teve o público de 5.466 pagantes, mas apenas 1.130 compraram entradas. Os outros 4.336 eram sócios. Com isso, o prejuízo da partida foi de R$ 54 mil. 

No borderô, são lançadas apenas algumas despesas, como arbitragem, seguranças, limpeza e taxa da Federação Paranaense de Futebol (FPF). O custo com energia elétrica e água, por exemplo, não aparecem nesse tipo de documento.

Contra o Brasil-RS, o Coritiba pagou R$ 34 mil pela emissão de ingressos, R$ 40 mil com seguranças, R$ 3 mil para a FPF, R$ 5 mil com limpeza e R$ 11 mil com arbitragem.

Apesar de ser o clube mais tradicional da Série B 2018, o Coritiba tem apenas a quinta média de público da competição, com 5.730. Fica atrás de Fortaleza (18.989), CSA (8.341), Guarani (7.182) e Figueirense (6.955). 

Os clubes com maiores rendas líquidas acumuladas são o Avaí (R$ 94 mil), Goiás (R$ 81 mil) e Criciúma (R$ 75 mil). 

No total do ano, contando as principais competições e os 60 clubes das três primeiras divisões, o Coritiba é o 24º no ranking de público, com 6.426 pagantes. O Paraná Clube é o 30º, com 5.428. O Atlético-PR está em 15º lugar, com 10.057. Os líderes são Palmeiras (30.946) e Corinthians (30.479).