O Coritiba está passando por uma reformulação. Nos últimos dias, deixaram o clube Maurício Cardoso (supervisor de futebol), João Paulo Medina (CEO) e Ricardo Guerra (vice-presidente). Os dois primeiros eram remunerados e pediram demissão. Guerra foi eleito (não era remunerado) e renunciou ao cargo.

Nessa segunda-feira (dia 18), o Coritiba já anunciou os substitutos. O cargo de CEO será extinto. No lugar de Medina, entra Maurício Andrade, que será o gerente de futebol. A vaga de Cardoso será ocupada por Rafael Zucon (ex-Paraná Clube).

O novo vice ainda será definido. Depois de escolhido, o Conselho Deliberativo terá 30 dias para convocar uma sessão para aprovar o nome. É preciso ser sócio do clube há 48 meses, pelo menos, para poder ocupar esse cargo. Um dos nomes cotados é Alceu Vezozzo Filho, presidente da rede de hotéis Bourbon.

Ricardo Guerra participava do G5 (grupo dos cinco principais dirigentes do Coritiba) e era responsável pela parte administrativa e financeira. Medina foi indicado por ele ao clube.

O presidente do Coritiba, Rogério Portugal Bacellar, não deu detalhes sobre o motivo da saída dos três. O Ricardo fez um trabalho extraordinário na parte administrativa e financeira. Enxugamos nossa folha. Vamos chegar ao fim do ano com déficit menor do que estava previsto, declarou em entrevistas para rádios. O Medina trouxe vários nomes de renome para trabalhar com ele, inclusive o Maurício Andrade, que tem todas as condições de suprir a saída do professor Medina, explicou.

Bacellar deu entender que ocorreram divergências, mas não briga. Sempre tivemos discussões dentro do G5. Normal. Ninguém saiu daqui brigado. Todo mundo se dá muito bem. A divergência de opiniões e de ideias é saudável. Tenho maior respeito pelos dois (Medina e Guerra), comentou. “Eles saíram numa boa”. 

Consultor de Gestão Esportiva, Maurício Andrade trabalhava na Federação Gaúcha de Futebol. Ele acompanhou toda a implantação do Unific, plano de desenvolvimento do futebol e unificação de todas as categorias do Coritiba.

Segundo Bacellar, o projeto seguirá o mesmo. “O Maurício Andrade continuará a linha do Medina. O próprio professor Medina se colocou à disposição para qualquer dúvida que tivermos”, declarou.

Na carta de renúncia conjunta de Guerra e Medina, eles afirmam que não estavam satisfeitos com a situação do clube. Nossa visão a respeito do projeto que apresentamos não representa a realidade atual, escreveram.