Valdecir Galor/SMCS

Mais de 100 mil doses da vacina contra a febre amarela foram aplicadas nas unidades de saúde de Curitiba somente neste ano. Até o início da tarde desta segunda-feira (11/2), foram 103.795 doses, o equivalente a 43% das vacinas contra a doença aplicadas durante todo o ano de 2018 (243.932 mil doses).

Curitiba não tem registro de casos da doença. Mas a confirmação de pessoas infectadas com o vírus em cidades próximas, como Antonina e Adrianópolis, levou a Secretaria Municipal da Saúde a intensificar a vacinação como medida de prevenção.

O diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria, Alcides de Oliveira, explica que nesse momento é essencial que a população colabore, pois a alta procura pode gerar aumento do tempo de espera. “As pessoas estão procurando pela vacina e nós queremos que elas se protejam”, fala. “Mas pedimos compreenssão, pois é necessário que a vacinação siga protocolos de aplicação, registro da vacina e higienização”, explica.

A dona de casa Marília Dornelles, 57 anos, levou o neto José Inácio Cirino Marques, 2 anos, na Unidade de Saúde Mãe Curitibana.

A média de aplicações da vacina em janeiro foi 2.480 doses/dia. O número subiu para 5.811 doses/dia na primeira semana cheia de fevereiro (de 4 a 8). Há oferta de vacina suficiente para imunizar todos os públicos-alvo, mesmo com o aumento da demanda.

A vacina está disponível em 110 postos de saúde de Curitiba. Para ampliar a oferta em fevereiro e março, algumas unidades abrem aos sábados para a vacinação. Veja o cronograma aqui.

Indicação e Cuidados

A vacina é indicada para quem tem de 9 meses a 59 anos de idade. Quem já tomou esta vacina uma vez na vida não precisa refazer.

Se a pessoa não tomou a vacina ou se não tem certeza, pode verificar se há registro na carteira vacinal fazendo um pré-cadastro no Aplicativo Saúde Já ou procurar a unidade de saúde mais próxima de casa e se imunizar.

A vacina contra a febre amarela é contraindicada para pessoas com sistema imunológico enfraquecido, com histórico de reação alérgica grave ou doença febril aguda.

Já no caso de gestantes, mulheres que amamentam bebês menores de seis meses de idade e pessoas a partir de 60 anos de idade é necessário que um médico avalie o risco-benefício da vacinação e, caso indique a imunização, vai prescrevê-la.

Às mulheres que estão amamentando e precisam tomar a vacina é indicado parar de amamentar por pelo menos dez dias após a vacinação. Para tanto, devem se preparar com a ordenha antecipada do leite materno.