Depois de seis anos com um estoque médio de imóveis residenciais novos em 11 mil unidades (com picos de até 12 mil unidades no mês), Curitiba chegou ao montante de apenas 7.814 apartamentos disponíveis para a venda em novembro do ano passado. Os dados da pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), em parceria com a Brain Bureau de Inteligência Corporativa, indicam que o volume de imóveis novos disponíveis para a venda na cidade, em relação à oferta, chegou a 23,4%, contra um índice médio de 30% registrado nos anos anteriores.

A presidente da Ademi/PR, Aline Perussolo Soares, lembra que quase metade do estoque registrado em novembro do ano passado é de unidades prontas para morar, o que sinaliza um bom ritmo nas vendas dos empreendimentos na planta e em construção, apesar da crise. Nossa expectativa era de chegar a dezembro com uma disponibilidade de 25% e batemos essa meta um mês antes. Para esse ano, acreditamos no início da retomada dos lançamentos residenciais na cidade, primeiramente atendendo nichos que já apresentam escassez de oferta em relação à demanda, por meio de projetos com mais diferenciação e valor agregado, avalia.

Nos últimos 12 meses, o estoque de imóveis residenciais novos em Curitiba teve baixa de 26%, considerando que em novembro de 2015 havia 10.532 unidades à venda na cidade, com disponibilidade de 30,1% em relação à oferta. Segundo o consultor de mercado da Ademi/PR, Marcos Kahtalian, já existem bairros e tipologias com quase nenhuma oferta em Curitiba hoje e o cenário para 2017 é otimista.

Preços — Em novembro de 2016, o preço médio do metro quadrado privativo para os apartamentos residenciais novos em Curitiba ficou em R$ 6.707,66, com reajuste de 3,7% em relação ao mesmo mês de 2015. No acumulado do ano, os imóveis novos em Curitiba contabilizaram reajuste de 3,2%, com destaque para os apartamentos com quatro e três dormitórios, com correção de 6,3% e de 5,9% e metro quadrado privativo a R$ 10.488,00 e R$ 6.722,00, respectivamente.


Menores estoques

– A maior redução de estoque no último ano foi para os imóveis econômicos (de R$ 200.001,00 a R$ 250 mil), que ficou com a oferta quase quatro vezes menor, passando de 1.523 para 412 unidades
– A segunda maior baixa foi para os studios, lofts e apartamentos de um dormitório, que caíram 36,2%, passando de 2.348 para 1.496 unidades
– Na terceira colocação, ficaram os apartamentos standard (de R$ 250.001,00 a R$ 400 mil), com recuo de 31,4% do estoque, passando de 2.541 para 1.742 unidades