Curitiba é a sexta maior cidade do Brasil quando o assunto é o consumo de artigos para casa e decoração. Os dados foram mostrados por mapeamento inédito produzido pela ABCasa (Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas e Flores) e pelo instituto IEMI Inteligência de Mercado.
A participação de Curitiba no mapa geral de consumo foi de 1,61% em 2017. Entre as classes sociais, se destacam a A e a B2, empatadas com 2,14% de participação cada.
A liderança do ranking pertence a São Paulo (SP), com 8,93%. Depois seguem Belo Horizonte (MG), com 3,10%; Rio de Janeiro (RJ), com 2,75%, Brasília (DF), com 2,70%, e Porto Alegre (RS), com 1,94%.
Além da capital, diversas cidades paranaenses aparecem no ranking das 150 maiores cidades do Brasil nesse segmento: Londrina é a 36ª colocada, com 0,36% de participação; Maringá é a 44ª colocada, com 0,30%; Cascavel é a 67ª colocada, com 0,20%; São José dos Pinhais vem em seguida, na 68ª posição, com 0,19%; Ponta Grossa é a 71ª, com 0,19%; Foz do Iguaçu é a 101ª, com 0,14%; e Colombo vem em 136º lugar, com 0,11%.
No geral, o varejo de artigos para casa, decoração, presentes e utilidades domésticas movimentou R$ 54,1 bilhões na economia brasileira em 2017. De acordo com a pesquisa, são 173,5 mil pontos de venda em todo o Brasil, dos quais 129,6 mil pontos de venda de varejo especializados em artigos para casa, decoração, presentes e utilidades domésticas, e outros 43,9 mil são não especializados, como lojas de departamentos, variedades e home centers. A mão de obra total empregada pelo varejo corresponde a 2,2 milhões de pessoas.
Entre as regiões brasileiras que mais consomem artigos para casa, o Sudeste tem a maior participação (46,2%), seguido por Nordeste (18,7%), Sul (20,7%), Norte (6,9%) e Centro-Oeste (7,4%). No Sul, Paraná e Rio Grande do Sul estão empatados com 5,5% de participação, enquanto Santa Catarina tem 3,4%.

Setor emprega 108 mil funcionários

As empresas atacadistas são integrantes importantes deste mercado, dado que a oferta interna de artigos para casa é composta pela produção nacional mais as importações do setor. Em sua grande maioria, estas empresas se suprem de importações e as distribuem no mercado interno. Em 2017, as empresas atacadistas somaram 6,9 mil unidades, responsáveis por empregar diretamente 107,6 mil funcionários.
Quanto ao comércio exterior desse setor, foram importados US$ 1,1 bilhão, em valores FOB (free on board). Já as exportações brasileiras, em 2017, somaram US$ 883,9 milhões, também em valores FOB.
“Já sabíamos que o setor tinha grandes cifras, mas esses números nos surpreenderam positivamente. São 173 mil estabelecimentos vendendo artigos para casa, decoração e presentes. Quase três milhões de pessoas empregadas diretamente e R$ 54 bilhões gerados, números gigantescos. Isso aumenta a responsabilidade da ABCasa em fazer um trabalho de excelência, em prol do mercado, aproveitando as oportunidades, disponibilizando ferramentas para os associados, para que todos possam continuar crescendo”, destaca Renato Orensztejn, presidente da ABCasa.
“Sem dúvida, são números impressionantes, que superaram as nossas expectativas iniciais. O que mais nos chamou a atenção, enquanto pesquisadores, foi a diversidade das fontes de suprimento (nacionais e importados, de diferentes regiões do planeta) e a oferta quase ilimitada de produtos e marcas, que garantem ao segmento uma enorme capacidade de competição e uma grande atratividade junto a seus consumidores”, complementa Marcelo Prado, diretor do IEMI.
A ABCasa foi criada em setembro de 2016, com o objetivo de estimular o setor e representar os interesses dos associados – atualmente mais de 500, de todo o Brasil, entre fabricantes, distribuidores, importadores e artesãos.
Grande parte desse mercado vai ser movimentado na quarta edição da ABCasa Fair, de 21 a 25 de fevereiro de 2019, no Expo Center Norte, na capital paulista.