Guilherme Wille-SMCS – Números voltaram a acelerar no final de abril e mantiveram alta em maio

Curitiba viu o número de casos novos de Covid-19 subir no município pela terceira vez consecutiva. Na última semana, entre os dias 9 e 15 de maio, foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) um total de 5.311 diagnósticos positivos para a doença pandêmica, o que aponta para uma alta de 10,06% na comparação com a semana imediatamente anterior. Além disso, trata-se da terceira alta consecutiva na média semanal de infecções causadas pelo novo coronavírus.

O levantamento, feito pelo Bem Paraná desde o início da emergência sanitária, tem como base os boletins divulgados diariamente pela SMS. Isso significa que os dados levam em consideração a data de confirmação dos diagnósticos e dos óbitos, e não necessariamente o dia em que a pessoa foi infectada ou veio a falecer em decorrência da doença

Anteriormente, entre as semanas 53 e 58 (20 de março a 24 de abril), a capital paranaense chegou a registrar quedas consecutivas no número de casos novos de Covid-19, que passaram de 8.635 (1.234 por dia) na semana 52 para 3.519 (503 diários) na semana 58, uma redução de 59,25%. Nas três semanas seguintes, contudo, os números voltaram a subir, acumulando um aumento de 35,9%, com a média diária de casos novos saltando de 503 para 683 na última semana.

Na esteira do aumento nos diagnósticos, também teve um crescimento expressivo o número de casos ativos da doença, ou seja, de pessoas que estão atualmente infectadas, podem transmitir a doença ou mesmo vir a ter um desfecho negativo para o quadro clínico. No dia 30 de abril, 6.027 curitibanos estavam infectados, número que saltou para 7.968 apenas 15 dias depois, um aumento de 32,21%. O dado do último sábado, inclusive, é o maior para a cidade desde 9 de abril.

Por fim, com relação aos óbitos, Curitiba viu o número de falecimentos causados pelo novo coronavírus reduzir 9,64%. Na última semana foram divulgadas 150 mortes por Covid-19, média de 21,4 registros diários. Na semana anterior haviam sido 166 óbitos (23,71 mortes/dia).

Curitiba segue em bandeira laranja até esta semana. Um novo decreto deve vir na quarta-feira, com risco da cor da bandeira sofrer mudança.

Casos ativos e UTIs

O boletim de sábado da Secretaria de Saúde do município trazia 7.968 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus.

A taxa de ocupação dos 525 leitos de UTI SUS exclusivos para Covid-19 estava em 95%. Restavam 27 leitos livres. A taxa de ocupação dos 726 leitos de enfermarias SUS Covid-19 estava em 78%. Havia 158 leitos vagos.

Comorbidades: hoje é dia para os de 51 anos ou mais se vacinarem

Curitiba começa hoje a vacinação da primeira dose contra Covid-19 para as pessoas de 51 anos ou mais com comorbidades. Além delas, a secretaria vai imunizar com a primeira dose gestantes e puérperas com comorbidades, mediante comprovação (exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica) da condição de risco, e continuará a atender pessoas com Síndrome de Down acima de 18 anos e idosos acima de 60 anos (repescagem).

O atendimento acontece das 8h às 17h, nos 18 pontos de vacinação da cidade. Todos devem apresentar documento de identificação com foto, comprovante de residência em Curitiba e levar uma caneta.

A Secretaria Municipal de Saúde atenderá quem comprovadamente tenha algum dos 22 tipos de doenças preexistentes listadas no Plano de Imunização Contra a Covic-19, do Ministério da Saúde.

Professores — Paralelamente ao grupo de comorbidades, a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba começa também hoje a imunização de professores e trabalhadores da educação.

Para facilitar o processo de vacinação e evitar filas, a Secretaria Municipal da Saúde pede que as pessoas que não são pacientes do SUS Curitibano preencham antecipadamente o cadastro na plataforma Saúde Já, pelo aplicativo de celular ou pelo site www.saudeja.curitiba.pr.gov.br.
Na semana passada foram vacinadas as pessoas portadoras de comorbidades com idades entre 53 e 59 anos ou mais. Novos grupos dependem de novas doses chegarem.

Paraná registra mais 5.083 casos de Covid; Brasil chega a 435 mil óbitos pela doença

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou ontem mais 5.083 casos confirmados e 73 mortes pela Covid-19 no Paraná. Os números são referentes aos meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas. Os dados acumulados do monitoramento da doença mostram que o Estado soma 1.012.530 casos confirmados e 24.527 óbitos.

O informe relata que 2.561 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estavam internados. Eram 2.056 pacientes em leitos SUS (971 em UTI e 1.085 em enfermaria) e 505 em leitos da rede particular (285 em UTI e 220 em enfermaria).

Brasil — O Brasil atingiu ontem a marca de 15.627.475 de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus e 435.751 mortes pela doença desde o início da pandemia. Ontem, o boletim do Ministério da Saúde confirmou mais 40.941 novos casos e 1.036 mortes desde o boletim do sábado.

Até o boletim de sábado, os estados com mais mortes eram São Paulo (103.995), Rio de Janeiro (47.951), Minas Gerais (37.283), Rio Grande do Sul (26.657) e Paraná (24.597).

Curitiba — A Capital do Paraná não divulga boletins da Covid aos domingos. Os números de sábado traziam mais 690 novos casos e 18 óbitos de moradores da cidade infectados pelo novo coronavírus. Eram contabilizadas 5.033 mortes na cidade provocadas pela doença neste período de pandemia.

Com os novos casos confirmados, 201.173 moradores de Curitiba testaram positivo para a Covid-19 desde o início da pandemia, dos quais 188.172 estão liberados do isolamento e sem sintomas da doença.

Ministério estuda campanha de testagem em massa, diz Queiroga

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou ontem que está em estudo na pasta uma ampla campanha de testagem da população brasileira para o novo coronavírus, causador da Covid-19. A declaração foi dada em Botucatu, no interior paulista. O município começou a vacinar ontem toda a população entre 18 e 60 anos contra a Covid-19, em uma iniciativa que faz parte de estudo inédito sobre a eficácia do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca e a Funadação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Sobre a interrupção na produção de vacinas contra o coronavírus pelo Instituto Butantan pela falta do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), Queiroga ressaltou que a carência da matéria-prima é mundial. “É importante passar uma mensagem positiva para a sociedade brasileira, e não essa cantilena de que está faltando [IFA]. O Brasil precisa de tranquilidade para superarmos juntos essa dificuldade sanitária”, disse.

Marcelo Queiroga destacou ainda que a curva epidemiológica brasileira em relação não só a óbitos como internações hospitalares vem tendo queda e, por isso, incentivou outras medidas. “Nós precisamos, além da vacinação, de incentivar as medidas não farmacológicas, como uso de máscaras e distanciamento social.”