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Curitiba registrou um salto de ontem para hoje no número de infecções confirmadas pelo novo coronavírus. Conforme informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na tarde desta quarta-feira (10 de junho), de ontem para hoje foram registrados 220 novos casos de contaminação, além de quatro óbitos. A situação levou a secretária de Saúde, Márcia Huçulak, a alertar que a capital paranaense agora está numa curva ascendente da doença. “Estamos preocupados”, disse ela.

Com relação aos novos casos de Covid-19, Huçulak explicou que foram 70 casos positivos a mais de ontem para hoje. Além desses casos, contudo, também foram computados outros 150 exames, feitos em farmácias na última semana e cujos resultados foram informados ao município recentemente.

Já quanto às mortes, as quatro vítimas são três mulheres e um homem. Elas tinham 69,89 e 77 anos e apresentavam doenças crônicas, assim como o homem de 77 anos. Duas dessas pessoas faleceram ontem e outras duas entre o começo desta semana o final da última, mas que tiveram os exames confirmando a infecção pelo coronavírus apenas agora.

Ao todo, Curitiba já confirmou 1.619 casos de Covid-19, com 67 óbitos.

Um quarto dos pacientes necessitou de internação. E situação pode estar piorando

Um dado interessante citado pela médica infectologista Marion Burger é que praticamente um quarto das pessoas que tiveram infecção confirmada precisaram em algum momento serem internadas. Ao todo, 456 pessoas precisam de internamento, sendo que 138 seguem hospitalizadas em unidades públicas e particulares de saúde.

“A escalada da doença tem, realmente, sido de forma muito mais importante do que vinha sendo até a semana passada. Por isso o alerta deve não só continuar, mas ainda ser incrementado, levado ainda mais a sério”, disse Burger. “Os óbitos que observamos na última semana não eram de pacientes já internados há um mês, nmas sim pacientes internados há 10, 15 dias”, complementou.

Em seguida, a secretária de Saúde também comentou a evolução da pandemia na cidade, apontando que pode estar acontecendo um agravamento da crise na capital paranaense. “Essa semana percebemos aumento dos casos de internação e chama a atenção que, principalmente de uma semana para cá, a evolução desses quadros têm sido muito mais rápida. Não sabemos se eles já apresentavam sintomas e não buscaram atendimento ou se estamos tendo um agravamento mesmo da situação”, comentou. “Como estamos numa época fria, a agressão às vias respiratórias é maior e isso pode também justificar essa evolução mais rápida dos quadros mais graves”, emendou Burger.