Divulgação – Todas as startups incluu00eddas no ranking receberam um trofu00e9u do Movimento 100 Open Startups

Das 100 startups mais atraentes para o mercado em 2018, dez são de Curitiba. No ranking, elaborado pelo Movimento 100 Open Startups, estão as curitibanas GoEpik (4º), Loox Studios (15º), Eruga (38º), Pipefy (41º), Beenoculus (43º), Vidya Technology (48º), Ubivis (51º), Send4 (68º), 33 Robotics (77º) e O Polen (98º). A lista foi revelada na última quarta-feira (4/7), no espaço Cubo Itaú, em São Paulo.

Denominado 100 Open Startups, o ranking está em sua terceira edição e é elaborado com base em avaliações de atratividade das startups para grandes instituições (empresas, aceleradoras e investidores). Para isso, é levado em consideração o interesse nos empreendimentos, negociações em andamento e parcerias realizadas pelas startups. O movimento “100 Open Startups” é uma rede de conexão que envolve grandes empresas (como Grupo Fleury, 3M, Abbott, Natura, Itaú, IBM, J&J, Estácio e outras), fundos de investimento, olheiros e grandes programas de empreendedorismo interconectados.

Segundo a organização, neste ano, participaram da seleção 4,6 mil startups, que foram avaliadas por nove mil executivos de, ao menos, 840 grandes corporações. O ranking é ainda formado por 24 categorias e cada uma delas tem também uma lista própria e Curitiba tem dois líderes nessas divisões: a Loox Studios, em “Realidade Virtual e Realidade Aumentada” e a GoEpik, em “Indústria”.

A Loox Studios foi criada em 2011 e é o braço de conteúdo on-demand do grupo curitibano Loox VR, que criou um dos primeiros óculos de realidade virtual móbile do mundo. A startup do grupo no ranking oferece aplicativos e filmes VR/AR (realidade virtual e aumentada) para clientes como Renault, Faber-Castell, Vale, Visa, Hershey’s, Universal Music, Samsung, Carrefour, Unilever, 3M e Rede Globo.

Segundo Ohmar Tacla, CEO e um dos fundadores do grupo Loox VR, o principal benefício do ranking é a visibilidade que ele traz, além do incentivo às startups. “Este reconhecimento da Loox Studios, dado pelo 100 Open Startups, é uma validação do nosso trabalho. São mais de nove mil executivos, muitos de multinacionais, avaliando o potencial de escalabilidade e de inovação com alto potencial de rentabilidade”, acrescenta o CEO, que comanda na capital outras empresas como VRGlass, FLIXR e Virtual Town.

Já a GoEpik é pioneira no desenvolvimento de uma plataforma de realidade aumentada para resolver problemas de manutenção de máquinas no chão de fábrica, um dos fatores que prejudicam a produtividade das indústrias.  E uma curiosidade: a GoEpik foi criada pelos mesmos fundadores de outra startup que integra os top 100, a Eruga (38º). Tanto a Eruga como a 33 Robotics (77º) estão incubadas, atualmente, na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

Renata Chemin, fundadora da O Polen, única startup curitibana de impacto social listada, comemorou a inclusão da empresa no ranking do Movimento 100 Open Startups. “É importante saber que o mercado está reconhecendo a importância deste segmento”, observa ela, que comenda, ao lado do sócio Fernando Ott, uma nova forma de realizar doações para instituições pela internet (conheça a história da O Polen no link).

Vale do Pinhão

Para Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, o ranking só reforça a importância da Prefeitura e do ecossistema de inovação de Curitiba se unir em torno do Vale do Pinhão, o movimento de toda a rede, formada pelo poder público, universidades, incubadoras, entidades de fomento (como Fiep, Sebrae e ACP), empresas e terceiro setor, para tornar Curitiba a cidade mais inteligente do país.

“A inovação e os processos de mudança tecnológica têm sido a principal força motora para o desenvolvimento econômico sustentável, com aumento da produtividade, da renda, da geração de empregos e da competitividade internacional”, avalia a executiva, que comanda o órgão ligado ao município e responsável pelo fomento do Vale do Pinhão.

Cris lembra também que a Prefeitura relançou, há dois meses, o Curitiba Tecnoparque, programa de atração de empresas de base tecnológica para a capital. Suspenso para novas adesões desde 2013, o programa volta a oferecer desconto de 5% para 2% no Imposto Sobre Serviços (ISS) às empresas que investem em tecnologia e inovação. “Quando uma empresa inova, ela não se destaca apenas no mercado em que atua, mas impacta também a sociedade a sua volta”, pondera ela.

Ecossistema

A presidente da Agência Curitiba recorda ainda que estas startups listadas no ranking estão seguindo a trajetória de outras empresas que, nos últimos anos, vem reposicionando Curitiba no mapa da inovação e se tornaram inspiração para uma nova geração de empreendedores da capital. “Empresas como MadeiraMadeira, Ebanx, Contabilizei, Olist e a própria Pipefy, incluída no ranking, ganharam projeção internacional por terem base tecnológica, um custo de operação proporcionalmente baixo e uma alta capacidade de ganhar escala”, frisa ela.

Diversos fatores ajudam a explicar sucesso das startups curitibanas e também contribuem para o surgimento, na capital, de novas empresas voltadas à inovação, explica o professor doutor Cleverson Renan da Cunha, coordenador de Empreendedorismo e Incubação da Agência de Inovação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Curitiba conta com grandes universidades, importantes empresas, bons consultores, incubadoras, aceleradoras, mentores, fundos de investimento e instituições que ajudam no fomento do empreendedorismo, como Sebrae, Fiep e ACP. Tudo isso, possibilitou o surgimento de um ecossistema de inovação forte na cidade e que vem motivando empreendedores a apostarem em projetos inovadores”, justifica ele, que aponta ainda a cultura empreendedora como diferencial da cidade.

 

 

Saiba mais sobre as dez startups curitibanas mais atraentes para o mercado em 2018:

GoEpik (4º) –  plataforma de realidade aumentada e virtual da indústria 4.0 para resolver problemas de manutenção de máquinas no chão de fábrica, um dos fatores que prejudicam a produtividade das indústrias.

Loox Studios (15º) – a startup utiliza tecnologias interativas e imersivas, com foco em realidade virtual, realidade aumenta e realidade mista, para oferecer aplicativos e filmes para clientes como Renault, 3M e Rede Globo.

Eruga (38º) –  a empresa leva a realidade aumentada para o meio educacional, por meio de conteúdo interativo e gamificação. Por meio de um smartphone, tablet ou smart glass (óculos inteligente), o aluno vê em três dimensões o conteúdo do livro didádico.

Pipefy (41º) – oferece soluções de gestão para cerca de oito mil pequenas e grandes empresas, em mais de 140 países. A startup curitibana recebeu, este ano, cerca de R$ 53 milhões, em uma nova rodada de investimentos.

Beenoculus (43º) – especializada em realidade virtual na educação, a startup oferece produção, edição e “empacotamento” de conteúdos para salas de aula, em forma de aplicativos para celulares, que são conectados a óculos de realidade virtual e aumentada.

Vidya Technology (48º) – é uma empresa especializada em corrosão, oferecendo diagnóstico, prevenção, controle e monitoramento, sempre com foco na integridade de equipamentos e outros ativos da indústria.

Ubivis (51º) – a startup curitibana criou uma solução que coleta os dados de operação das máquinas e verifica pontos em que o equipamento precisa ser melhorado. Deve lançar, este ano, um robô que envia os comandos de ajustes direto para a máquina, substituindo a necessidade de um operador.

Send4 (68º) – empresa atua como uma rede de pontos de retirada para e-commerce e se define como “Uber das entregas on-line”: o consumidor faz uma compra pela internet e, em vez de pagar um frete, tem a opção pagar menos e retirar pessoalmente em um dos locais parceiros que fique próximo da pessoa.

33 Robotics (77º) – startup criou um robô autônomo para o transporte de cargas de até 100 kg em locais fechados. O equipamento já está sendo testado no Hospital Pequeno Príncipe, fazendo a entrega dos medicamentos do almoxarifado à central de leitos.

O Polen (98º) – empresa oferece uma plataforma on-line que permite a uma pessoa fazer uma doação, no momento da compra no site de um dos e-commerces “polinizadores” parceiros,  a cerca de 300 instituições beneficentes cadastradas.